Simone Ishizuka/ GD
A equipe de transição do governador eleito Pedro Taques detectou um déficit de R$ 1,7 bilhão nas contas públicas do governo de Mato Grosso. O dado foi revelado pelo pedetista, na manhã desta segunda-feira (22), durante audiência pública. Além da situação financeira do Estado, ele apresentou um ‘raio-x’ das principais secretarias, com os problemas que precisarão ser resolvidos nos próximos anos.
Além de Taques, 6 secretários do próximo governo, Planejamento, Saúde, Segurança, Educação, Meio Ambiente e Projetos Estratégicos, apresentaram números levantados nos últimos três meses, pela equipe de transição.
Segundo o futuro secretário de Planejamento, Carlos Marrafon, não há previsão orçamentária para suprir as dívidas alcançadas no atual governo. “O que nós temos é um déficit orçamentário de aproximadamente R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 800 bilhões com despesas de pessoal, R$ 600 milhões em custeio relação à Lei Orçamentária de 2014 e também sem previsão orçamentária, e em torno de R$ 400 milhões com o custo da dívida consolidada que não está previsto no orçamento que nós temos em mãos. A gente não tem previsão orçamentária e não tem dinheiro suficiente no caixa para pagar esta conta”.
Durante a apresentação, Taques foi cauteloso e em várias ocasiões deixou claro que a apresentação não era uma denúncia, mas sim a constatação da atual situação do Estado, além de uma forma de se quais os planos que serão adotados pare reverter a situação.
“O ano de 2015 não será um bom ano, economicamente, para Mato Grosso, mas nós temos que trabalhar muito. Estamos preocupados, mas estou esperançoso. Dá para ser feito muito, trabalhando firmemente, cortando gastos e combatendo a corrupção. Investindo nas áreas prioritárias, na Saúde, Educação e Segurança, para que o cidadão tenha o essencial”.