Desmatamento cresce 51,4% em Mato Grosso

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A Gazeta


Com crescimento de 51,4% no desmatamento da Amazônia Legal, Mato Grosso registra o maior índice entre os estados que compõem a região e se mantém como segundo colocado em tamanho de área destruída. Ao todo, 5.891 km2 de floresta foram derrubados nos nove estados que compõem a Amazônia Legal entre agosto de 2012 a julho de 2013. A área de Mato Grosso foi de 1.139 mil km2. No período anterior correspondente, o Estado derrubou 757 mil km2.

Dados dos últimos 10 anos, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), demonstram ainda que o Estado é responsável por 29,2% da área desmatada neste período. Juntos, os estados consumiram 116.978 mil km2 na última década. Em Mato Grosso foram 34.164 mil km2.

Em relação aos últimos números, o coordenador Executivo do Instituto Centro Vida (ICV), Laurente Micol, destaca que os dados não são novos, mas voltam a confirmar o tamanho do desmate praticado em toda Amazônia Legal. Cita como preocupante a situação de Mato Grosso que oscila entre a primeira e segunda colocação no ranking.

Para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) o número demonstra uma queda ao longo dos anos. A superintendente de Geoinformação e Monitoramento, Elaine Corsini, explica que Mato Grosso tem a segunda maior área dentro da Amazônia Legal, o que termina refletindo na colocação no desmate. “Se compararmos os números como um todo, temos uma redução muito expressiva. Saímos de uma taxa de desmatamento de 11 mil km2 para o atual índice”. Cita ainda que a Sema tem alcançado as metas estabelecidas para reduzir o desmatamento.

No entendimento do ICV, a postura da Sema em não reconhecer o problema reflete na situação atual. Micol aponta que o órgão costuma agir sempre na defensiva e minimizando os números, além de não apresentar de forma clara quais as ações são adotadas para combater o problema ambiental. “Se para o governo não é preocupante ter uma área desmatada, equivalente a 100 mil campos de futebol, o que pode ser ruim então?”

Segundo o Inpe, o valor desmatado no período representa a segunda menor taxa de desmatamento registrado na Amazônia Legal desde que o Instituto começou a medi-la, em 1988. O mapeamento é feito pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), que computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal, o corte raso.

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