Deputado vê “suicídio” na candidatura de Wilson Santos

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O presidente regional do PPS em Mato Grosso, deputado estadual Percival Muniz (PPS), classificou de "suicídio político" a estratégia do PSDB de lançar a candidatura do prefeito Wilson Santos ao Governo do Estado. "O PSDB está praticando uma incoerência, um suicídio político. Tirar Wilson Santos da Prefeitura vai deixá-lo perneta", afirmou o parlamentar, em entrevista à Rádio CBN.

O socialista elencou ainda os motivos que enfraqueceriam a candidatura do tucano. "O Wilson Santos vai ter que explicar à população por que renunciou ao cargo, diante de tantas promessas de que só sairia em 2012; não vai conseguir entregar as obras que prometeu; e ainda vai perder a oportunidade de preparar Cuiabá para a Copa do Mundo, deixando de investir milhões. Esse não é o melhor momento. Vai ser um prefeito ‘mequetrefe', e não um grande prefeito", disse.

Percival Muniz ainda considerou "equivocado" o discurso dos tucanos de comparar a gestão do ex-governador Dante de Oliveira (1995-2002), já falecido, ao sete anos do governador Blairo Maggi (2003-2010).

"O Maggi tem seus defeitos, mas, na hora de comparar sua gestão como a do PSDB, o candidato tucano vai ter dificuldade de infiltração em municípios do interior. Quando era prefeito [de Rondonópolis], o meu sonho era adquirir uma retroescavadeira, e hoje todos os municípios foram atendidos. Vai ser difícil enfrentar essa artilharia do Governo. Tenho até dó do PSDB nessa disputa", afirmou.

Aliança com DEM

Percival Muniz ainda declarou que pretende atrair o partido Democratas (DEM) para a coligação "Mato Grosso Muito Mais", com a proposta de a legenda indicar o candidato a vice-governador numa chapa encabeçada pelo empresário Mauro Mendes (PSB).

"Queremos trazer o DEM para indicar vice-governador. O DEM e PSDB nunca caminharam juntos em Mato Grosso. Se [o senador] Jaime Campos não for escolhido candidato, a possibilidade de uma aliança conosco é grande", afirmou.

O parlamentar ainda observou que considera difícil convencer a militância do PPS a apoiar o PSDB na disputa pelo Governo do Estado, e não está disposto a seguir este caminho.

"Não sou incoerente, vai dar a impressão de que eu me vendi para o PSDB. A maioria esmagadora do partido vai seguir com o ‘Mato Grosso Muito Mais'. Haverá divergências, mas é o desejo das bases no interior. Disputamos duas eleições contra o PSDB, é difícil convencer a base de que, agora, seremos aliados. Nosso partido não pode ser incoerente", disse Percival.

No entanto, o PPS de Mato Grosso está disposto a seguir a orientação nacional e apoiar o governador de São Paulo, José Serra, na disputa pela Presidência da República. "Respeitamos a liderança nacional do PSDB que é José Serra e o apoiaremos pelo perfil e grande brasileiro que é", observou.

Discurso de campanha

Percival Muniz declarou que a campanha para governador é favorável à construção de um novo discurso, que permita a viabilidade de um projeto que corrija as distorções sociais.

"O [vice-governador] Silval Barbosa não tem cara de oposição e nem de situação. O povo não quer a continuidade do Blairo Maggi e não quer o retorno do PSDB. Se aparecer um projeto que valorize o que deu certo e corrija o que está errado será aceito. Os dois últimos Governos priorizaram áreas importantes, mas não focaram em Saúde e Educação, o que é básico na vida de qualquer cidadão", completou o líder do PSB.

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