O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), membro da CPI que investiga a concessão de incentivos fiscais a empresas do Estado, foi citado na ação judicial que culminou na Operação Sodoma. O republicano aparece como apoiador do grupo do ex-governador Silval Barbosa, dentro da Comissão.
Conversas no aplicativo whatsapp mostram que os ex-secretários de Indústria e Comércio do Estado Pedro Nadaf e o também ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi, presos na última terça-feira (15), participariam de uma reunião com o deputado.
A conversa, anexada ao processo, seria entre Nadaf, Cursi e o empresário João Batista Rosa, sócio proprietário do Grupo Tractor Parts, que revelou na delação premiada ter pago R$ 2,6 milhões para conseguir incentivos fiscais para sua empresa.
Rosa declarou que Nadaf e Marcel teriam o instruído a procurar o deputado Emanuel Pinheiro para “que o nome de sua empresa não fosse citado no relatório e, na reunião, Pedro Nadaf disse que Marcel de Cursi ficaria responsável por fazer a defesa administrativa para responder ao atual presidente do Cedem Sineri Paludo”.
 Trecho da delação. |
Outro lado
O deputado Emanuel Pinheiro foi procurado pela reportagem do GD, mas não retornou os telefonemas até a publicação desta matéria.
Procurado novamente por volta de 16h10 desta sexta-feira, o deputado estadual Emanuel Pinheiro, (PR), declarou que “nunca esteve envolvido em nenhum esquema dentro da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades em incentivos fiscais”.
De acordo com ele, ocorreram duas conversas dos ex-secretários Nadaf e Cursi que queriam promover um encontro que nunca aconteceu.
O republicano afirmou que por enquanto essa é a única explicação sobre a acusação de ser apoiador do grupo do ex-governador Silval Barbosa, dentro da CPI, e que deve se pronunciar em público na sessão vespertina da próxima terça-feira (22).
