Deputado acusa médico e diz que vai denunciar ao MP

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Celly Silva/ GD


Após dizer na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) que era falso o choro do médico Roberto Satoshi Yoshida, que denunciou completo estado de caos no Hospital Regional de Sorriso, nesta semana, o deputado Gilmar Fabris (PSD) apresentou documentos que mostram que Yoshida é sócio de uma empresa que fornece produtos e serviços à mesma unidade onde trabalha como servidor público efetivo.


A empresa foi aberta em 2012 e ainda está na ativa, registrada com sede na cidade de Sorriso e com atividade principal o atendimento em pronto-socorro e unidades hospitalares para urgências.
Na tarde desta sexta-feira (26), Fabris entregou à imprensa uma relação de pagamentos feitos pelo Fundo Estadual de Saúde à empresa Roberto Satoshi Yoshida & CIA Ltda ME, entre 2015 e 2017, que somam cerca de R$ 3,2 milhões.

“Ele comoveu o Brasil inteiro, até os meus filhos, os meus pais dentro da minha casa. Mas eu falei que o choro dele não era por causa da falta de nada não, o choro dele é que ele é dono da empresa Satoshi e CIA Ltda. Ele vendeu em 2015, R$ 1.838 milhão para o pronto socorro. Vendeu em 2016, R$ 904,7 mil e em 2017 ele já fez um faturamento de R$ 510 mil totalizando aproximadamente R$ 3,2 milhões”, relatou Fabris.

Os dados constam no Sistema Integrado de Planejamento, Cointabilidade e Finanças (Fiplan).

O parlamentar também chamou o médico de malandro por se colocar em várias posições dentro do hospital. “Ele é funcionário público, ele é diretor e ele é vendedor de remédio e outras coisas para o hospital e ele é o recebedor lá. Quer dizer, ele fiscaliza ele mesmo! Isso é, no mínimo, uma malandragem, quem faz isso é malandro, uma falta de respeito com a sociedade, uma falta de respeito com o dinheiro público!”, disparou.

Por fim, Gilmar Fabris disse que vai encaminhar ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Conselho Regional de Medicina (CRM) a situação.

Gazeta Digital procurou a Secretaria de Estado de Saúde para saber que medidas serão tomadas quanto à denúncia. A assessoria de imprensa informou que ainda é precoce afirmar que houve irregularidade por parte do médico pelo fato do contrato ter se iniciado quando os hospitais regionais ainda eram geridos por Organizações Sociais de Saúde (OSS), que eram instituições privadas que prestavam serviço hospitalar ao Estado e que tinham autonomia para assinar contratos com fornecedores.

A Secretaria de Estado de Saúde deve ouvir o médico e averiguar em que condições ocorreram os pagamentos para depois avaliar que medidas adotar, em caso de irregularidade.

Gazeta Digital tentou contato com o médico Roberto Yoshida por telefone e por mensagens, não obteve êxito. 

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