Valdivia foi a grande estrela do jogo entre Palmeiras e Santo André, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no dia 21 de abril deste ano: além de contribuir com bons passes na vitória por 1 a 0 que confirmou a vaga do Verdão, irritou os adversários com seu famoso “chute no vácuo”, a ponto de o veterano zagueiro Anderson, ex-Corinthians, ser expulso por causa de uma falta mais dura.
Após o jogo, Anderson se exaltou nas críticas, dizendo que Valdivia era “pouco profissional” e “nem era tão bom jogadores assim”. E, lógico, todos os repórteres queriam ouvir a resposta do chileno, mas ele não apareceu na entrevista coletiva, concedida apenas pelo técnico Luiz Felipe Scolari.
Depois, nada de Valdivia também na chamada “zona mista”, onde os jogadores se dirigem do vestiário até o ônibus. Alguns pararam para conversar com a imprensa, outros passarem reto, com acenos. E nada de Valdivia e nem do zagueiro Danilo, autor do gol da vitória. Até que a assessoria de imprensa do Palmeiras informou que os dois estavam fazendo o exame antidoping.
E lá se foram os repórteres para a porta da sala, que fica próxima aos vestiários. Em seguida, um funcionário do Palmeiras passa carregando uma sacola com água, refrigerantes e isotônico. A missão: ajudar a acelerar o xixi dos dois jogadores, que, a essa altura, já haviam ficado sem condução: o ônibus do Palmeiras já tinha ido embora.
Danilo saiu logo em seguida, conversou rapidamente com os repórteres e foi embora, mas nada de Valdivia. Já passava das 19h30 quando finalmente o camisa 10 do Verdão saiu da salinha, depois de finalmente fornecer a urina para o exame antidoping. O jogo tinha acabado ás 18h, e, bem-humorado, o jogador brincou com a espera de todos.
– É, demorou um pouquinho, estava difícil, mas agora está tudo bem.
Depois de dar uma longa entrevista, em que ironizou as queixas de Anderson e disse que só queria "jogar bola", Valdivia finalmente conseguiu ir embora para casa, quase duas horas após o fim da partida. Só que, como não ônibus já havia ido embora, foi obrigado a pegar um táxi, conseguido pelos últimos funcionários do Palmeiras que ainda estavam no Pacaembu.