DEMISSÃO EM MASSA Parte dos 850 demitidos não voltam para a Assembleia, diz Maluf

Data:

Compartilhar:

Maluf disse que após o recadastramento dos exonerados pelo menos 300 servidores não devem voltar

Dos 858 servidores comissionados que foram exonerados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, pelo menos 300 não devem retornar aos quadros funcionais da Casa. A informação é do presidente do Legislativo, deputado Guilherme Maluf (PSDB), que já antecipou que somente uma parte dos exonerados será recontratada, mas isso após a conclusão de um levantamento sob responsabilidade de uma comissão formada por procuradores. Também está descartado, para este momento, o chamamento dos classificados no último concurso que compõem o cadastro de reserva e pressionam para serem empossados.

Maluf deu as declarações nesta segunda-feira (9) durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá, no Grupo Gazeta de Comunicação, ocasião em que confirmou as suspeitas de funcionários fantasmas que moram no exterior e supersalários de até R$ 71 mil na Assembleia, conforme o deputado Wilson Santos (PSDB) já havia antecipado. O tucano justificou ainda a necessidade do recesso de 10 dias nos trabalhos legislativos, para “organizar a Casa”. Disse que não existe na Assembleia um período de transição e por isso precisa tomar pé de toda a situação do Legislitivo já que assumiu a presidência há menos de 10 dias, em 1º de fevereiro.

Atualmente, a Assembleia gasta R$ 10 milhões com a folha de pagamento e após o enxugamento nos quadros funcionais a expectativa é reduzir para R$ 7 milhões o gasto com pessoal. 

“Se você me perguntar hoje sobre os dados da Assembleia eu não tenho ainda. É uma estrutura muito grande e estamos correndo atrás desses dados. Não é por incompetência não, mas realmente por falta de tempo pra que a gente pudesse fazer todos esses estudos”, justificou Maluf destacando que a ideia de demissão em massa foi uma decisão coletiva da Mesa Diretora. “É que havia realmente suspeitas de funcionários fantasmas, de superfaturamento de supersalários. Então houve uma decisão da Mesa entendeu que faríamos uma demissão de todos os comissionados”.

De acordo com Maluf, uma comissão de procuradores já está pronta para fazer o recadastramento de todos os demitidos para saber quais são essenciais para que o Poder Legislativo possa funcionar. “Me parece que nessas demissões têm gestantes que não poderiam ser demitidas, então esses procuradores vão fazer um pente fino nessas 800 demissões e alguns voltarão sim”, ressaltou o tucano explicando que pela programação, pelo menos 300 servidores não vão voltar. “No meu modo de ver estão em excesso dentro da Casa”, disse.

De acordo com o tucano, talvez o remédio tenha sido exagerado, mas a Mesa Diretora entendeu que era necessário colocar a medida em prática no começo da gestão, pois caso contrário as demissões teriam que ocorrer “no varejo”, e isso segundo ele, causaria prejuízos aos cofres da Assembleia. “Haverá sim a possibilidade de retorno, mas num quadro menor do que o atual”.

Classificados em concurso– Questionado se vai empossar os classificados do último concurso da Assembleia, Guilherme Maluf disse que não existe essa previsão no momento. Ele destacou ainda que o número de vagas previsto do edital já foi chamado completamente. Ainda conforme o presidente, na gestão anterior foram chamados 26 classificados para cadastro de reserva.

O tucano garante que o cadastro de reserva está funcionando, mas mais de 100 classificados aguardando. Maluf explicou que já se reuniu com os classificados e informou a eles que se houver a vaga, ele vai dar celeridade para aproveitar o que for possível do cadastro de reserva. “Mas tem que existir a vaga. Eu não posso chamar o cadastro de reserva para uma vaga que não existe”. O presidente também aguarda um parecer da Procuradoria da Casa sobre a possibilidade de estender a validade do concurso que vence em abril deste ano.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas