Defesa de preso tenta escolta para tratamento de saúde

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Das 25 pessoas presas temporariamente (5 dias) por determinação da juíza Selma Rosane Santos Arruda na Operação BB Pag, algumas já estão sendo interrogadas na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz), responsável pela operação. Restam ainda outros 9 mandados de prisões a serem cumpridos. Enquanto isso, alguns advogados seguem reclamando que não conseguem ter acesso à integra da decisão para tomar as medidas cabíveis.

Entre os presos que aguardam no Centro de Custódia da Capital para serem ouvidos está o contador Gonçalo Rodrigues de Almeida que é apontado como um dos líderes do esquema, cujo prejuízo aos cofres públicos estimado pela Defaz é de R$ 101,1 milhões.

Sua advogada, Michelle Donegá, continua atuando em 2 frentes: para conseguir ter acesso ao completo teor da decisão e conseguir uma escolta policial para que Gonçalo possa se deslocar nesta sexta-feira (16) para seu tramamento médico. Conforme a advogada, ele tem mais de 60 anos, sofre de problemas renais e faz hemodiálise. “Preciso conseguiu uma escolta para amanhã ele continuar o tratamento se não ele corre até risco de morrer. Estamos nessa situação”, informou a jurista ao GD.

Conforme o Gazeta Digital apurou, Gonçalo não é servidor público, mas tem ligação com funcionários e órgãos públicos. No Diário Oficial do Estado (Iomat) é possível encontrar contratos antigos de prestação de serviços de assessoria contábil para entidades como o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MT).

Apropriação indébita

Na 3ª Vara Criminal de Cuiabá também tramita um inquérito policial instaurado em 2008 pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública para apurar crimes de responsabilidade dos funcionários públicos. Conforme os autos, Gonçalo Rodrigues foi indiciado por apropriação indébita (artigo 168 do Código Penal). Como vítima consta que são servidores públicos. O processo foi distribuído em março de 2008, mas está parado desde janeiro de 2011 com carga para a Central de Acompanhamento de Inquéritos. A juíza responsável pelo caso é Marcemila Mello Reis.

A advogada Michelle Donegá disse que não faz a defesa dele no caso e acredita que o inquérito por apropriação indébita não relação com a prisão temporária decretada contra seu cliente. Ela sustenta que ainda não sabe quais acusações pesam contra ele. “Preciso ter acesso à decisão que decretou a prisão para saber quais medidas vamos tomar”, destaca.

Depoimentos – A assessoria da Polícia Civil confirmou que alguns dos presos já estão sendo interrogados na Defaz, mas os delegados envolvidos no caso só vão se manifestar após concluírem os trabalhos de interrogatório dos presos, até porque as prisões têm prazo de 5 dias. A maioria foi levada para o Centro de Custódia e já passou por triagem no local.

A operação foi deflagrada para cumprir 78 mandados sendo 34 de prisão temporária e 44 mandados de busca e apreensão domiciliar . As ordens judiciais são cumpridas em Cuiabá e interior do Estado e ainda nas cidades de Tubarão (SC) e Soledade (RS).

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