Dayanne Rodrigues negou, logo no início do interrogatório no júri realizado no Fórum de Contagem, na Grande BH, ter envolvimento no sequestro e cárcere privado de Eliza e Bruno Samudio. O depoimento da ré começou às 18h36 desta terça-feira (5), e a ex-mulher de Bruno revelou que o goleiro era ameaçado de morte por Eliza.
A ex do atleta alegou que, no dia 4 de junho, estava com as filhas no sítio Turmalina, em Esmeraldas, na Grande BH. Dois dias depois, Bruno pediu que ela fosse para a casa da mãe por motivo de segurança.
— Bruno começou a chorar e falou que a Eliza armava contra ele, que ele estava sendo jurado de morte por um pessoal que a Eliza conhecia e pediu para que eu fosse pra casa da minha mãe ou pra casa da mãe dele por segurança.
Dayanne afirmou ainda que, no dia 9, decidiu ir ao sítio sozinha porque ligou para Elenílson Vítor, que negou que Bruno estivesse no lugar, e percebeu uma música alta ao fundo.
— Como alguém ameaçado de morte ouve música assim?
Ela afirma que, quando chegava ao local, Sérgio Rosa Sales, que estava na varanda com Bruno, reconheceu o carro e saiu correndo. Ao entrar na propriedade, todo mundo tinha “sumido” para dentro de casa. Bruno a recebeu e Dayanne questionou quem estava em casa, mas o atleta respondeu que ela não ia entrar no local.
A ré contou ainda que, após muita insistência, conseguiu entrar. Em um dos quartos da propriedade, estavam Eliza, Bruninho, Macarrão, Wemerson e Elenílson.
Todo o depoimento da ré não é acompanhado pelo goleiro, que recebeu autorização para retornar para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde está detido.