Protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff levaram milhares às ruas nos 26 Estados, no Distrito Federal e até em cidades do exterior neste domingo.
Em São Paulo, maior cidade do país, a manifestação levou 135 mil pessoas à região da avenida Paulista, segundo o Datafolha.
A Polícia Militar de São Paulo estimou o público em 350 mil pessoas – nos atos antigoverno de abril, a estimativa da PM foi de 275 mil pessoas e, nos protestos de março, de 1 milhão.
A adesão foi alta em capitais como Curitiba (60 mil pessoas, segundo a PM), Porto Alegre (30 mil) e Florianópolis (26 mil). No Rio, a PM não estimou a dimensão da manifestação, que ocorreu na praia de Copacabana.
A BBC Brasil acompanhou os atos em São Paulo, em Brasília, no Rio de Janeiro, em Miami e em Londres.
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Em meio a gritos isolados por “intervenção militar constitucional” e até pela volta da monarquia, predominaram críticas à corrupção, referências de apoio à Operação Lava Jato e a defesa do impeachment de Dilma.
A BBC Brasil selecionou algumas das frases que resumem os protestos do dia.
Há 11 anos nos EUA, onde nasceu sua filha, a empresária Joana Machado, 33 anos, explica uma das faixas que a família levou ao ato contra o governo em Miami: “Na última manifestação a favor da Dilma, um cara dizia que quem não estava feliz no Brasil deveria ir para Miami lavar privada. Queria mostrar que não há nada de indigno em fazer isso”. Ela diz protestar porque pretende voltar ao país um dia, “mas antes as coisas precisam melhorar”.
Criativa, esta carioca adaptou a famosa frase “Gentileza gera Gentileza”, do “profeta” homônimo, figura lendária no Rio de Janeiro, para protestar contra a corrupção. Sem se identificar, ela disse que sua prioridade é o impeachment da presidente Dilma Rousseff.