CRISE SEM FIM Luciane rompe com grupo de Taques e chama Salles de ‘laranja’

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 A Gazeta


 A deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) rompeu o silêncio e falou com exclusividade para A Gazeta, depois que foi preterida na escolha do substituto de Jayme Campos (DEM) à corrida ao Senado. Segundo a deputada, o grupo não optou pelo seu nome porque estavam em busca de um candidato “laranja”. A declaração foi dada depois que o prefeito Percival Muniz (PPS) afirmou, em coletiva de imprensa, que Luciane pleiteava uma vaga que não era possível. “A leitura que faço é que se não era possível é porque querem um laranja para senador, só para dizer que existe candidato. Para isso o meu nome não serve mesmo. Agora entendo porque nunca fui citada”, disparou.

O posicionamento da deputada evidencia o rompimento com Pedro Taques (PDT). No momento em que o candidato ao governo fazia uma coletiva de imprensa para anunciar Rogério Salles como candidato ao Senado, Donizete Castrillon (PTB) como primeiro suplente e Luciane Bezerra como segunda suplente, a deputada emitiu uma nota anunciando o protocolo da sua renúncia junto ao Tribunal Regional Eleitoral.

Aproveitou para comunicar ainda que deixou a coordenação da campanha do pedetista na região Noroeste. 
“Entreguei a coordenação da minha região. O motivo é que se o meu nome não é aprovado para o Senado, se não preencho os critérios exigidos, então também não sirvo para trabalhar. Na política precisa haver companheirismo, ser uma via de duas mãos, ser boa para ambos os lados. Entreguei a coordenalção e vou trabalhar n oprojeto do Oscar para federal”, argumentou.

O racha foi confirmado ainda pelo ex-prefeito de Juara e esposo de Luciane, Oscar Bezerra (PSB). Ele afirma que fará uma reunião com as lideranças da região Noroeste para liberar o apoio. “Confesso que esta postura desestimulou por completo. Meu voto como cidadão é do Pedro Taques, porque considero ser o melhor para Mato Grosso. Mas não haverá meu empenho. Não vou botar a cara a toa. Perdi o estímulo. Eles que nos excluíram do processo, não foi a gente que saiu. Assim que tiver uma reunião em Juara, vou falar para as lideranças fazerem uma avaliação e caminharem com quem acham melhor para Mato Grosso. Eu devo seguir essa linha, até porque como já disse, fomos excluídos do processo e se querem tocar dessa forma”, analisou Oscar Bezerra.

Para tentar contornar a situação, Percival Muniz defendeu o nome de Luciane para deputada federal, projeto inicial da parlamentar, que abriu mão a pedido de presidente do PSB, prefeito Mauro Mendes, para beneficiar a candidatura do ex-secretário de governo, Fábio Garcia. No entanto, a deputada afirmou que vai analisar se aceita a proposta. Ela substituiria a vaga deixada por Salles. Até amanhã uma resposta será dada por ela, depois de debates a serem feitos com familiares e aliados. Ela adianta que só aceitará se tiver viabilidade para concorrer.

Para Luciane, toda a crise vivenciada pelo grupo oposicionista, com debandada de aliados, se deve ao fato de Pedro Taques ouvir somente duas figuras: o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT) e Mauro Mendes, e não o grupo como um todo.

“Acredito que o que está faltando no grupo é escutar mais e falar menos. Prevalece a opinião de uns do que da maioria e erra com isso. É preciso escutar todos e dentro disso tirar um parâmetro, assim o erro é menor e não ficar bitolado em um, dois e decidindo em cima disso. Mendes, Pivetta e Eraí Maggi são pessoas com ligação forte com Taques e o que se deduz é que estejam influenciando”.

Na última terça-feira, a Coligação Coragem e Atitude para Mudar anunciou a escolha do vice-prefeito de Rondonópolis, Rogério Salles (PSDB) para substituto de Jayme na disputa. 
Luciane ainda criticou a escolha. “Rogério não se enquadra dentro do novo. O Jayme tinha experiência, nome, serviço prestado. O discurso era de que com a renúncia, viria o novo porque pesquisa mostrava que o povo queria um nome novo. Mas a escolha foi diferente. Ele não representa o novo. Não sei quais critérios foram usados na pequena cúpula para a escolha do nome”, ponderou.

De acordo com a parlamentar, em nenhum momento ela foi convidada para discutir o cenário e nem mesmo comunicada da escolha do tucano para a vaga à senatória. “A desistência de Jayme foi explicada e justificada. Ele teve a hombridade de me comunicar na hora. Respeito Jayme e quem falar mal dele eu defendo com unhas e dentes. Outras pessoas não tiveram o mesmo comprometimento e lealdade com a minha pessoa. Eu estava diretamente envolvida e não fui chamada, não recebi um telefonema”.

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