CRIME DE 2002 MPE chama 5 testemunhas para júri de Arcanjo

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Raquel Ferreira/A Gazeta


 O Ministério Público do Estado (MPE) arrolou cinco testemunhas de acusação para o tribunal do júri de João Arcanjo Ribeiro, Célio Alves Ferreira e do uruguaio Júlio Bachs, que deve ser realizado em breve. Os três são acusados de envolvimento nas mortes Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy Filho e tentativa de homicídio de Gisleno Fernandes. Este será o segundo júri popular enfrentado por Arcanjo.

Os crimes ocorreram em 5 de junho de 2002 e o ex-policial Hércules Araújo Agostinho foi condenado a 45 anos e dois meses por envolvimento no caso. Foram arroladas como testemunhas de acusação Cinésio de Farias, Joacir das Neves, Ronaldo Sérgio Laurindo, Raquel Brunini e Paulo César Mota. Eles fazem parte do mesmo rol de testemunhas convocado para o julgamento de Hércules em 2012. Agora, a Justiça aguarda a indicação das testemunhas de defesa.

Rivelino, Fauze e Gisleno foram atacados no meio da tarde, quando estavam em uma oficina mecânica na avenida Historiador Rubens de Mendonça, área central de Cuiabá. Segundo o MPE, o alvo da emboscada era Rivelino a mando de Arcanjo. Fauze e Gisleno foram atingidos porque estavam juntos do desafeto do ex-comendador.

A denúncia do MPE aponta Rivelino fazia parte da organização criminosa de Arcanjo e seria o responsável por apresentá-lo a pessoas envolvidas com a exploração de máquinas caça-níqueis no Rio de Janeiro. A vítima teria sido contemplada com alguns equipamentos para exploração, mas passou a desobedecer ordens de Arcanjo, que teria então ordenado o homicídio.

Frederico Lepesteur e Júlio contrataram Célio e Hércules para cometer o homicídio. Lepesteur era um dos braços armados da organização e morreu em setembro de 2007, vítima de câncer.

Ao ser julgado em 2012, Hércules confirmou parte da versão do MPE. 
Confessou que foi contratado para matar Rivelino e confirmou ser o autor dos disparos que atingiram Gisleno, que foi alvejado ao ser confundido com segurança do alvo principal. Disse não saber quem teria encomendado o crime e quanto teria recebido pelo serviço.

Sobre os tiros que assassinaram Fauze, ele negou ter efetuado os disparos e não revelou quem seria o autor. Em depoimentos anteriores, ele tinha apontado Célio como comparsa, mas mudou a versão no tribunal do júri. Hércules já havia sido julgado pelo mesmo crime na Justiça Federal, juntamente Bachs, mas o resultado foi anulado.

Sávio – 
O primeiro julgamento de Arcanjo ocorreu em outubro de 2013, quando foi condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Domingos Sávio Brandão, em 2002.

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