CPI de PCHs deixa secretário acuado

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A secretaria de Meio Ambiente, hoje sob o coronel da Polícia Militar Alexander Maia, está de novo no olho do furacão. Enfrenta a segunda CPI instaurada pela Assembleia Legislativa, desta vez para apurar denúncias de irregularidades, privilégios e lobby de grupos econômicos para a obtenção de licenças com vistas a implantar Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

   Maia está disposto a ir para o enfrentamento, mas pode sair com sua imagem arranhada porque a comissão já recebeu alguns dossiês que comprometem a lisura em processos que tramitam na Sema.

   A secretaria é um dos calcanhares de Aquiles do governo Silval Barbosa. Já foi alvo de várias operações da Polícia Federal devido à esquema de corrupção envolvendo servidores, engenheiros florestais e madeireiros. Entre as irregularidades que serão investigadas estão a suposta degradação ambiental provocada pelas PCHs, privilégios na concessão das licenças ambientais e desmatamento ilegal.

   Há denúncias de irregularidades em usinas instaladas no Rio Garças, Cachoeira da Prata, dentre outras. Das 120 licenças concedidas para hidrelétricas, apenas 12 passaram pelo crivo da AL, o que contraria o artigo 279 da Constituição do Estado

   Os membros da CPI foram definidos na semana passada. Integram a comissão Sérgio Ricardo (PR), Walter Rabello (PP), Baiano Filho (PMDB), Dilmar Dal Bosco (DEM) e Percival Muniz (PPS). Agora, serão escolhidos o presidente e o relator que vão conduzir os trabalhos.

   Uma denúncia, já em poder da CPI, aponta ação arbitrária de Maia enquanto secretário. Numa conversa gravada, ele ameaça algemar um produtor que reclamava da inoperência da secretaria, numa tentativa de intimidação.

   Nos bastidores, membros da CPi adiantam que algumas figuras serão convocadas para prestar esclarecimentos como o próprio Maia, além do ex-governador e hoje senador Blairo Maggi e seu primo Eraí Maggi. Ambos são proprietários de PCHs no Estado.

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