Se os torcedores de Corinthians e Palmeiras começaram o ano de 2010 com a esperança de que teriam definições sobre seus novos estádios, eles terminam a temporada torcendo para que 2011 seja mais esclarecedor. Tanto a reforma do Palestra Itália quanto a construção da Arena Itaquera, que foi escolhida para receber a abertura da Copa de 2014, chegam ao fim do ano com impasses que devem atrasar ainda mais o início das duas obras.
Corinthians e Fifa discutem projeto do estádio em Itaquera
Enquete: quem deve receber a abertura da Copa de 2014?
No Palmeiras, o ex-presidente do clube, Mustafá Contursi, entrou na semana passada com um requerimento para paralisar a reforma da Arena Palestra. Em contato com o R7, Mustafá explicou que a diretoria não cumpriu o que foi combinado com os associados.
– O mais grave é que eles [diretores do Palmeiras] mentiram. Disseram que primeiro seriam construídas as áreas de reposição das instalações do clube e só depois eles fariam as outras intervenções. Agora demoliram tudo de uma vez e estão tendo prejuízos para consertar o que está errado. Só para armazenar os troféus que estavam no salão nobre, por exemplo, estão pagando R$ 22 mil por mês para alugar outro lugar. Isso é falta de planejamento.
Esse novo impasse acontece depois de um longo período para que o clube conseguisse as licenças necessárias para reformar o Palestra Itália. A liberação só foi dada pela prefeitura no início de outubro, depois de três anos de espera.
Agora, o problema é com as demolições que foram feitas na parte social do clube. As construções, segundo Mustafá, ainda não começaram.
– Nada daquilo que estava estabelecido no documento feito entre a diretoria e os associados foi cumprido. O clube precisa recuperar o direito sobre seu patrimônio e os responsáveis pelas demolições têm que reconstruir tudo o que foi destruído.
A diretoria do Palmeiras ainda não esclareceu o que será feito sobre o assunto. Por ora, estão preocupados em manter as máquinas funcionando para que a reforma fique pronta a tempo de servir de centro de treinamento de seleções na Copa do Mundo de 2014. Porém, conforme explica Mustafá, o atraso deverá ser ainda maior.
– Esse é um assunto que vai demorar para ser resolvido. Eu notifiquei o clube para que as demolições fossem imediatamente interrompidas, mas não sei se pararam mesmo. Ainda vou me comunicar com o presidente do conselho e logo depois do Natal deveremos ter novas notícias.
No caso do Corinthians, um dos maiores problemas é resolver quem vai arcar com as despesas para que os dois oleodutos da Petrobrás que estão no meio do terreno, em Itaquera, sejam retirados ou desviados. Em contato com a reportagem do R7, a assessoria de imprensa da Transpetro, empresa responsável pelos dutos, afirmou que ainda não existe uma definição sobre o assunto. Só que sem esse posicionamento as obras não podem começar.
– Considerando a importância do projeto deste estádio para a Copa de 2014, estão sendo estudadas as melhores alternativas, mas ainda não há nenhuma definição sobre custos ou prazos. Os dutos Osvat 22 e Osvat OC 24 estão operando normalmente.
O início das construções em Itaquera estava previsto para janeiro de 2011, mas deverá atrasar. Além disso, o clube ainda precisa conseguir as licenças que a SEHAB (Secretaria de Habitação) demorou três anos para dar ao Palmeiras.
Nessa segunda-feira (13), representantes do Corinthians e do COL (Comitê Organizador Local) se reuniram no Rio de Janeiro com funcionários da Fifa para dar mais detalhes sobre o Fielzão. Clique aqui para ler mais sobre a reunião.
Eleições em janeiro
Corinthians e Palmeiras irão elegerão novos presidentes no início de 2011. Dependendo do resultado, os torcedores terão que esperar mais um tempo para ver o início das obras para que as duas arenas estejam prontas para a Copa de 2014.