Depois de um longo período, o atacante Jonas, 31, voltou a ser convocado para a seleção brasileira. Ele não era chamado desde setembro de 2012 e, curiosamente, quem soube da convocação feita por Dunga foi a sogra dele.
“Era um sábado, estava em casa. Meu celular tocou e era um número com código 21. Tinha pensado em não atender porque não conhecia aquele número. Passei o telefone para a minha sogra, que atendeu. Ela começou a falar e percebi que era o Gilmar [Rinaldi, coordenador técnico de seleções]. Ele ligou para avisar a convocação e falou com ela. Eu atendi e fiquei feliz por ser lembrado, mesmo se tratando de convocação por lesão”, disse Jonas, quer herdou a vaga de Firmino, do Liverpool, cortado por motivo de contusão.
Líder na disputa do prêmio Chuteira de Ouro da Uefa, que contabiliza os gols marcados pelos jogadores do futebol europeu em competições nacionais, Jonas disse que pode mudar a forma de jogar para defender a seleção, atuando como ‘falso 9’, uma vez que o técnico Dunga tem optado por escalar o time sem centro-avante fixo na área.
“As equipes não utilizam muito centro-avantes. Até pelo futebol intenso que é praticado hoje a maioria dos times prefere ter alguém que possa recompor mais rapidamente o meio de campo quando o time não tem a bola. Acho que a escolha vai de acordo com o treinador, de acordo com o adversário. Eu gosto de buscar a bola fora da área, gosto de ter movimentação. No Benfica, eu tenho mais movimentação no ataque, tenho liberdade, mas ajudo na recomposição defensiva”, disse o atacante, que tem 29 gols no Campeonato Português.
Na última partida da seleção brasileira, Dunga escalou no ataque o trio Douglas Costa, do Bayern de Munique, Willian, do Chelsea, e Neymar, do Barcelona. Nenhum deles tinha a obrigação de ficar na área. Todos se movimentavam e ajudavam a marcação. O esquema agradou e deve ser repetido contra o Uruguai, na próxima sexta-feira, na Arena Pernambuco.
![Jonas divide a bola com Alex Sandro em treino da seleção]({"default":{"load":"default","w":"73","h":"41","src":"//img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/BBqPAkk.img?h=410&w=728&m=6&q=60&o=f&l=f&x=366&y=58"},"size3column":{"load":"default","w":"62","h":"35","src":"//img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/BBqPAkk.img?h=351&w=624&m=6&q=60&o=f&l=f&x=366&y=58"},"size2column":{"load":"default","w":"62","h":"35","src":"//img-s-msn-com.akamaized.net/tenant/amp/entityid/BBqPAkk.img?h=351&w=624&m=6&q=60&o=f&l=f&x=366&y=58"}})
Questionado sobre o que o diferencia de Neymar, Cristiano Ronaldo, Messi e Suárez, todos atacantes que disputam também a Chuteira de Ouro, Jonas foi curto:
“Gols. Os gols que fiz. Eles são grandes jogadores.”
Jonas, que já chegou a ser chamado de “o pior atacante do mundo” por um jornal espanhol, não quis falar sobre o futuro na seleção. Apenas disse que está concentrando em colaborar neste momento após um longo período fora. “Tem de ir por etapas”.
A última partida de Jonas pela seleção brasileira foi em 10 de setembro e 2012, quando a equipe goleou a China por 8 a 0, no estádio do Arruda, em Recife. Mas o atacante entrou já no final do duelo, substituindo Neymar.
