O Conselho Municipal de Saúde (CMS) não aprovou a estadualização do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), como esperava o prefeito Chico Galindo. Na reunião extraordinária realizada nesta tarde, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, os conselheiros cobraram documento prometido pela gestão municipal relatando como seria a administração estadual no Pronto-Socorro. “Não vamos assinar cheque em branco. Precisamos analisar os prós e os contras da estadualização”, argumentou o conselheiro Leonardo dos Santos Figueiredo.
O secretário municipal de Saúde, Antônio Pires, tentou aprovar a ata da reunião realizada no dia 16 de maio, na qual os conselheiros davam autonomia para o prefeito Chico Galindo negociar com o Estado. Desta forma seria possível emplacar a mudança de gestão e por sua vez, as Organizações Sociais de Saúde (OSS) assumir a terceirização do HPSMC.
Entretanto, os conselheiros pediram reexame da ata. A próxima reunião do CMS está marcada para 7 de junho. O conselheiro Júlio César Garcia avalia que dificilmente a proposta sairá do papel. “Muitas entidades representadas no conselho são contra a estadualização. O que pedimos é que a Secretaria Estadual de Saúde repasse mais verbas para administração do Pronto-Socorro. Mais de 50% dos pacientes internados são do interior”.
Pires pediu a transcrição da fita da reunião realizada no dia 16 de maio. Ele contesta os conselheiros e diz que houve aval dos mesmos delegando a Galindo poderes de negociar a gestão do Pronto-Socorro de Cuiabá.
