Confirmação e insegurança

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De Porto Alegre vem o mais novo líder do campeonato Brasileiro, o Internacional. Sem ser brilhante, o time de Abel Braga foi competitivo e eficiente para vencer o Atlético Paranaense de virada por dois a um no Beira Rio. E eis aí um dado novo. Depois de ser apontado como favorito ao título nos últimos três ou quatro anos e decepcionar, além de desmentir quem apostou no seu futebol, o Inter dá sinais de que desta vez vai brigar pelo título.
 
Outro destaque destas primeiras quatro rodadas é o Fluminense que, por justiça, deveria estar na série B. Mas, como a Portuguesa vacilou e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva deu uma baita força no julgamento de dezembro do ano passado, o tricolor carioca aproveitou o empurrão. Venceu bem o clássico contra o Flamengo por dois a zero e é vice-líder, um ponto atrás do Internacional. Com o atacante Fred em grande fase, a promessa é de um time que vai justificar as benesses do tapetão.
 
Foi mal o técnico Muricy Ramalho depois do empate por um a um no clássico entre São Paulo e Corinthians. Extremamente nervoso, quase desequilibrado, ele deu uma bronca no garoto Bosquilia, de 18 anos, diante das câmeras de televisão e da surpresa de vários jogadores. “Aqui não é Cotia!”, gritou o treinador numa referência ao Centro de Treinamento do clube numa cidade da grande São Paulo onde ficam as categorias de base. Bosquilia no entender de Muricy estava meio desligado no jogo. Tal comportamento, segundo ele, poderia comprometer o empate.
 
Mal também no clássico foi o técnico Mano menezes do Corinthians. Depois de conseguir a vantagem, inexplicavelmente, ele mandou o time recuar. Esta, aliás, é uma antiga vocação do ex-treinador da seleção brasileira e do Flamengo que precisa ser revista. Ao deixar de somar dois pontos importantes, o Corinthians perdeu a liderança do campeonato para o Internacional. A vitória que escapou em Barueri pode fazer falta lá na frente.
  
Nesta rodada de erros de treinadores e de outros erros recorrentes de arbitragem, prá variar só um pouquinho – Palmeiras e Santos, para citar dois exemplos, fizeram gols em posições irregulares -, alguns elogios. Foram bem os árbitros de São Paulo e Corinthians e de Chapecoense um, Grêmio dois. O paulista Raphael Claus em São Paulo e o paraense Dewson da Silva em Santa Catarina conduziram seus jogos de modo exatamente contrário ao que faz a maioria dos bananas que param lances por qualquer coisinha. Seguindo o princípio básico e singelo de que futebol não é basquete, os dois deixaram cada jogo correr solto, sem cair na violência. Não maracaram encontrões naturais de um esporte de contato e desprezaram aquelas faltinhas bobas que servem apenas para irritar a torcida. As duas partidas foram dinâmicas como deve ser um bom jogo de futebol, graças a Raphael Claus e Dewson da Silva.

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