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A um dia de ter o resultado do recurso que decidirá seu futuro político, o deputado estadual e candidato ao governo, José Riva (PSD), afirmou que tem segurança sobre o resultado que será proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele reforçou o discurso de que a coligação Viva Mato Grosso, no qual encabeça, não trabalha com ‘plano B’ e acredita que as eleições irão, de fato, começar a partir deste julgamento.
Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá na manhã desta segunda-feira (08), Riva afirmou que acreditar em outra alternativa seria ‘entregar os pontos’ aos adversários. “Trabalhar com o plano B seria admitir que não é viável a nossa candidatura. Sei que os adversários estão investindo pesado, mas não tenho dúvida que a eleição começa a partir do registro da minha candidatura. Eu tenho leitura do quadro político do Estado, eu não tenho dúvida que este quadro vai mudar”.
Riva ainda argumentou que uma das causas desta convicção partiu também de uma conversa que teve com o ex-procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza. Durante este diálogo, o jurista teria admitido que o indeferimento só sairia se o TSE mudasse todo o atual entendimento de condenação. “Eu ouvi da boca de um dos maiores juristas, inclusive que não são meus advogados: ‘deputado, para o TSE rejeitar sua candidatura ele tem que fazer como o TRE, mudar todo o entendimento que houve até hoje. Entendimentos de condenação de impobridade tem que ter três requisitos cumulativamente”.
Riva sustenta ainda que só decidiu ser candidato ao governo após de avaliar bem sua situação jurídica e ressaltou sobre o posicionamento radical do procurador. “Eu só decidi ser candidato depois de pegar os pareceres, inclusive dos procuradores. O procurador Antônio Fernando é extremamente radical, dura e ele foi um que disse que eu não tenho presente os pré requisitos de inegibilidade exigido na lei”, disse. “Eu não tenho dúvida, se o TSE aplicar a lei, eu sou candidato”, pontuou.
Riva teve a candidatura indeferida por unanimidade, pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), após haver um entendimento com base na Lei da Ficha Limpa. O pessedista responde a mais de 100 processos civis e criminais, além de ter 4 condenações por decisões colegiadas, situação que o impediria a disputar as eleições deste ano.
Novidades – Questionado sobre a possível mudança de estratégia, caso haja o deferimento da candidatura, Riva disse que este é um processo natural e que conta com apoio de prefeitos e empresários do Estado, além de governadores do país. “Mas além da estratégia, eu tenho prefeitos aguardando, governadores aguardando, empresários aguardando, logicamente que isso tem um impacto a partir do registro. Esse povo sai definitivamente do armário e vão nos apoiar”, afirmou.
Ele ainda revelou que a campanha vai se posicionar mais firmemente em relação aos ataques. “Naturalmente muda tudo. Você sai da defesa e faz ataques. Eu estou hoje na defensiva, você é um candidato impugnado e o adversário usa isso para te acusar”, avalia.
Apesar de ter tudo esquematizado para esta ‘nova fase’, Riva disse estar com o pé no chão e que precisa do registro da candidatura para executar novos planos. “O registro da candidatura é essencial. Quando eu fui entregar meu registro eu disse que eu precisaria do meu registro da candidatura e esse tempo do horário eleitoral para ganhar a eleição. E continuo afirmando isso, eu preciso do meu registro. Esse é o ponto principal”.