Comitiva de MT vai a Londres e debate violência contra mulher
Nayara Araújo e Patrícia Sanches
Uma comitiva liderada pela primeira-dama e secretária de Trabalho e Assistência Social Roseli Barbosa representará Mato Grosso na 11th Biennial International Conference, em Londres, para debater a experiência do Brasil após a Lei Maria da Penha, sancionada pelo ex-presidente Lula, que prevê punições mais rigorosas aos homens que cometem algum tipo de agressão contra a mulher. O encontro acontece entre 2 e 5 de maio.
A juíza e diretora da pasta de pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso, Amini Haddad e a juíza da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, Adriana Coningham, vão apresentar um painel com a participação de mil magistrados para discussões em torno do tema: "A violência e o tráfico e as mulheres, enfrentamentos e desafios".
A advogada e superintendente de Políticas para Mulheres de Mato Grosso, Ana Emília Iponema Brasil, também participa do evento. Maria da Penha Fernandes, farmacêutica cearense que deu nome à lei, vai ser uma das palestrantes.
Segundo balanço do CNJ, em quatro anos de existência, 9.715 pessoas foram presas com base na Lei Maria da Penha. Os dados são referentes a agosto de 2006 até julho de 2010.
Já dados da ONU Mulheres revelam que uma em cada três mulheres sofre algum tipo de violência na América Latina e 16% delas já foram vítimas de algum tipo de constrangimento e/ou abuso sexual. Os dados devem se r amplamente debatidos pelos representantes do Brasil, Bolívia, Paraguai, Chile, Venezuela e Estados Unidos.