O Senado paraguaio, que assumiu nesta quinta-feira (21) o papel de um tribunal político, decide na tarde da sexta-feira (22) o futuro do presidente Fernando Lugo. Nesta noite, a comissão formada por cinco deputados (Óscar Tuma, César Ávalos, Carlos Liseras, José López Chávez e Clemente Barrios) iniciou a apresentação no Senado das acusações contra Lugo. O grupo terá uma uma hora e meia para se pronunciar.
A partir do meio-dia desta sexta, Lugo terá duas horas para apresentar sua defesa e, às 16h30 (hora local, 15h30 em Brasília), os senadores vão se pronunciar sobre o processo de impeachment do presidente.
Após as apresentações da defesa e da acusação, os parlamentares debaterão o pedido de impeachment e darão início à votação. Dos 45 senadores titulares, é preciso, pelo menos, 30 favoráveis à destituição do presidente da República, segundo informações divulgadas na página do Senado.
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Liderada pelo opositor Partido Colorado, a Câmara dos Deputados aprovou hoje o pedido de impeachment, alegando mau desempenho do presidente diante de um conflito ocorrido sexta-feira passada (15) em um fazenda no Nordeste do país, que levou à morte de 17 pessoas, entre camponeses e policiais.
Presidente do Paraguai, Fernando Lugo, anuncia que não vai renunciar
O rito de tramitação do pedido foi aprovado na tarde de hoje pelos senadores após duas horas de debate.
Assim que os deputados tomaram a decisão, Lugo fez um pronunciamento em cadeia nacional afirmando que não irá renunciar. O Paraguai está a nove meses da convocação de novas eleições gerais.