Comando Vermelho tem 311 membros em MT

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Fernanda Escouto, repórter do GD


A falta de tecnologia, que permita o bloqueio de sinal de celulares nos presídios do Estado, é fator que mais contribui para o crescimento do crime organizado. Essa foi uma das razões para a Polícia Judiciária Civil deflagrar a segunda parte da Operação Grená, que cumpriu 267 ordens judiciais contra membros da facção criminosa denominada “Comando Vermelho de Mato Grosso (CV-MT), que ordena diversos crimes de dentro das penitenciárias.

A primeira fase da Operação foi deflagrada em abril de 2014, porém os presos continuavam praticando crimes e indicando novos integrantes para o grupo, mesmo dentro dos presídios.

Nesta segunda fase, foram cumpridos 19 mandados de prisão preventiva, 35 mandados de busca e apreensão e 159 mandados de condução coercitiva para cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, que restringem os investigados a uma série de benefícios, que uma vez descumpridos terão as cautelares convertidas em prisão preventiva.

Para os detentos reclusos ter um novo mandado de prisão cumprido significa aumento de pena, caso seja condenado, mudança de regime para um mais rígido, perda de benefícios dentro da unidade prisional e até remoção para outra penitenciária.

“Agora, essa segunda fase foi para representar pela prisão de todos aqueles que integram o Comando Vermelho, que estão na base piramidal”, completou o delegado geral da Polícia Civil Adriano Peralta Moraes.

O delegado Juliano Silva Carvalho, um dos coordenadores da operação, explicou que as medidas cautelares proíbem os investigados do uso de telefones e aplicativos, de frequentar unidades prisionais na qualidade de visitante, de manter contato com os demais integrantes da quadrilha, seja físico, por telefone ou por meio digital. E os obriga ao comparecimento periódico em juízo, recolhimento domiciliar no período noturno e manter o endereço atualizado.

A facção foi criada no interior da Penitenciária Central do Estado (PCE) pelo detento Sandro da Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco” e teria 311 membros identificados nas investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Delegacia Especializada de Entorpecentes e Diretoria de Inteligência da Polícia Civil.

Conforme a superintendente de Penitenciárias da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Flávia de Souza Soares, o governo do Estado vem tentando trazer equipamentos mais modernos para barrar a entrada de celulares nos presídios, porém o resultado ainda não foi positivo.

“Basicamente a primeira tecnologia vai ser de raio-x, que a gente está trabalhando com uma tecnologia um pouco mais avançada, menor e que tem mais efetividade na questão das revistas. A primeira coisa é proibir a entrada,se conseguir entrar temos que conseguir bloquear os sinais”, disse.

Apesar de não ter lançado um edital, a superintendente ressalta que o governo está fazendo convites às empresas que queiram fazer os testes nas unidades.

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