o Corinthians teria que ganhar. A Fiel fez uma festa linda no reencontro com o seu time em uma partida realmente importante. E os jogadores corresponderam à expectativa no confronto com o Tijuana, no Pacaembu, fazendo 3 a 0 e devolvendo com juros o “olé” ouvido na semana passada, na derrota para o mesmo rival, no México.
“Bimundial”, dizia o mosaico armado no setor das cadeiras laranjas do estádio municipal no momento do apito inicial do chileno Enrique Osses. E foi assim que o Timão se comportou diante do campeão mexicano, impondo-se e definindo o triunfo com gols de Alexandre Pato, Guerrero e Paulinho. Renato Augusto foi o destaque na frente, e Ralf protegeu a defesa como ainda não havia feito em 2013.
O campo não era sintético e ruim como o do México e permitiu que o Timão demonstrasse a sua superioridade. Apoiado por um número grande de torcedores na Copa Libertadores pela primeira vez desde a conquista do ano passado, a equipe reagiu no Grupo 5, definindo o jogo no primeiro tempo. No segundo, bastou administrar, fechar o placar e fazer a festa de sua torcida.
O resultado deixou o Alvinegro com sete pontos, dois a menos do que o líder Tijuana, 100% e nenhum gol sofrido até a derrota no Pacaembu. O Millonarios, com três, busca a sobrevivência na chave em confronto marcado para quinta, com o boliviano San José, que só conquistou um ponto até aqui.
Depois de ver pela televisão a vitória sobre o Millonarios – parte da punição no caso Kevin Beltrán, o garoto boliviano atingido por um sinalizador e morto na partida do Timão contra o San José –, a Fiel voltou a lotar o seu estádio. E viu uma boa atuação.
Com a mesma formação que vem utilizando quando tem os titulares à disposição, o Corinthians se impôs. O caminho era o ataque pela direita, pois o lateral esquerdo Ábrego não tinha ajuda do meia que atuava em seu setor, o ofensivo Fidel Martínez.
Assim, eram frequentes os lances em que Alessandro e Renato Augusto levavam vantagem sobre a marcação. Até que a dobradinha deu resultado, aos 26 minutos, e a bola bateu na trave no chute de Renato. Alexandre Pato aproveitou o rebote e foi imediatamente substituído por Romarinho, reclamando de dores musculares.
O Alvinegro seguiu no ataque, insistindo nos ataques pela direita. Aos 36, Renato recebeu nas costas de Ábrego e rolou para Alessandro, que colocou na área. Guerrero voltou a mostrar que o apelido Cabecinha de Ouro não resume seus talentos, ampliando a vantagem com boa finalização de pé direito.
Na etapa final, o Timão administrou a vantagem e chegou a ter problemas com as jogadas de Martínez pela esquerda. Aí a Fiel resolveu gritar “olé” e empurrar a equipe, que esteve muito perto de um golaço de Romarinho. Na farra, saiu uma falta sofrida por Paulinho, batida por Renato Augusto, desviada por Guerrero e concluída pelo próprio Paulinho, aos 36, fechando a contagem.
Daí em diante, foram só festa e aplausos a Renato, o melhor em campo, que teve o nome gritado ao ser substituído por Douglas. Danilo, importantíssimo na conquista da última Libertadores e do Mundial, também foi reconhecido ao dar lugar a Jorge Henrique. Nesta noite, o Corinthians teria que ganhar.