De volta à seleção brasileira, o técnico Luiz Felipe Scolari terá seu trabalho avaliado pela primeira vez nesta terça-feira (22). A partir das 14 horas (horário de Brasília), o treinador anunciará os jogadores com os quais pretende contar em sua partida de reestreia no comando do time nacional, no dia 6 de fevereiro, contra a Inglaterra no estádio londrino de Wembley.
A torcida está curiosa para saber quais as mudanças que o homem que levou o Brasil ao pentacampeonato em 2002 irá impor com relação ao time do antigo técnico, Mano Menezes. Bastante contestado em sua passagem pelo cargo, o ex-corintiano ficou marcado por ter chamado um numero excessivo de nomes, por não ter conseguido impor um padrão ao time e nem ter um centroavante de ofício.
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Para formular sua lista, Felipão contará com o auxílio do coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, tetracampeão com o Brasil em 1994, além do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O que poderia ser visto como uma interferência do dirigente é encarada com naturalidade por ambos os lados.
Questionado no último sábado (19) se daria palpites na convocação, Marin foi sincero:
– Claro que vou falar com o Felipão sobre a lista. Ainda não falei, mas vou falar sim, claro, não vou deixar de conversar com ele sobre a convocação
Marin, na verdade, possui o hábito de dar uma “olhadinha” nos nomes dos convocados pelo menos 48 horas antes da divulgação desde que assumiu a presidência da CBF, em março do ano passado, ainda na gestão de Mano Menezes. Ciente disto, Felipão não se espantou com a exigência:
– Nós sempre temos de anunciar com 15 dias de antecedência a convocação, para comunicar aos clubes. Então nada mais natural que com 15, 16 ou 17 dias antes o presidente da Confederação tenha acesso aos nomes
Quem vai?
Ainda em sua coletiva de apresentação, no fim de novembro, Felipão já deu dicas sobre como será a sua seleção. Os torcedores ansiosos por um rompimento total com a “era Mano Menezes” que não se iludam:
– Vamos pegar a seleção, que foi trabalhada, analisar alguns nomes, cada um tem sua forma de jogar, nomes preferidos, e um ou outro nome deverá ser mudado. Mas vamos pegar essa base normal.
Nomes experientes, como Ronaldinho Gaúcho e Kaká, tendem a ganhar espaço com a amarelinha sob o domínio de Felipão:
– Se houver um ou outro atleta que eu ache que pode ajudar a seleção também com um pouco de sua experiência, provavelmente vou convocar, para que a gente tenha uma seleção um pouco mais mesclada, não só de jovens.