O plenário da Câmara deve votar na próxima quarta-feira (16) o projeto que reajuste o salário mínimo para R$ 545. A votação foi definida após um acordo entre parlamentares do governo e da oposição, na noite da quinta-feira (10). Enquanto o governo propõe o valor de R$ 545, sindicatos e a oposição querem um reajuste maior, com o mínimo subindo para R$ 600.
Além de reajustar o salário mínimo, o projeto que será votado define as políticas de reajustes entre 2012 e 2015. A votação foi definida após acordo entre o líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP) e da oposição, Duarte Nogueira (PSDB-SP) e ACM Neto (DEM-BA).
Caso seja aprovado, o projeto que fixou o mínimo em R$ 540 vai valer para janeiro e fevereiro. A proposta apresentada pelo Executivo não prevê que o valor de R$ 545 seja retroativo a 1º de janeiro.
No acordo feito entre governo e oposição está previsto que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai à Câmara na terça-feira (15) para defender o valor proposto de R$ 545, em vez dos R$ 540 aprovados em medida provisória.
Após a votação em plenário, os deputados também devem analisar, ainda na semana que vem, as emendas apresentadas pela oposição. O PSDB apresentou um projeto que prevê o salário mínimo de R$ 600. Já o DEM entregou uma emenda prevendo o valor de R$ 560.
Governo
Ontem, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, voltou a defender a proposta de elevar o salário mínimo para R$ 545 e disse que o governo "não fará loucuras" ao permitir um valor mais alto.
Ele afirmou que não entende a postura das centrais sindicais de quebrar o acordo que atualmente rege a política de reajuste do benefício, que leva em conta o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes mais a inflação.
|