A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá irá investigar outras possíveis vítimas do golpe do “Boa Noite Cinderela”, em que substâncias químicas são colocadas em bebidas para dopar a vítima, aplicado por um casal de homossexuais que resultou na morte do empresário Martin Dabul Pompeu de Barros, de 48 anos, dono da vídeolocadora Casablanca, em Cuiabá.
Responsável pelo processo de investigação, o delegado Silas Tadeu Caldeira pediu, por meio da imprensa, que se outras pessoas já foram lesadas em situação semelhante que denunciem à polícia.
Ele avalia, porém, que muitos, mesmo tendo o carro roubado, não têm coragem de registrar ocorrência por vergonha de assumir que saíram com um travesti. “Acredito que há outras vitimas, mas as vítimas não prestam queixa do roubo do veículo por vergonha de assumir que saíram com um travesti”, afirmou.
O empresário encontrou o travesti Waderson Barbosa Moura, conhecido como Sandy, na região do Zero Quilômetro, em Várzea Grande, e seguiram para o motel Classe A. No local, consumiram dois preservativos e duas cervejas.
Como a caminhonete do empresário era rastreada, facilitou as buscas e ainda foi possível verificar os locais em que o empresário e o casal, respectivamente, percorreram a S-10 roubada. O crime ocorreu na madrugada desta quarta-feira (27).
Conforme o delegado, a primeira parada foi de aproximadamente um minuto no posto Zero Quilômetro. Depois o empresário e o travesti ficaram duas horas no motel. Em seguida, após Martin ter sido morto asfixiado pelo companheiro do travesti, Rômulo Victor Cardoso de Melo, os criminosos foram até a casa deles no CPA III, setor 5, em Cuiabá. A passagem foi rápida.
O corpo do empresário foi levado no banco traseiro do veículo até o bairro Barreiro Branco, onde foi deixado pelo casal, que seguiram de volta para a residência deles. O travesti informou que o marido foi quem tirou o corpo do carro. A polícia acredita que, como Rômulo carregou sozinho o corpo, a cabeça do empresário bateu no veículo.