CAOS Agentes do Sistema Socieducativo ameaçam greve

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Reprodução/TV Record

Agentes do Sistema Socieducativo de Mato Grosso podem paralisar as atividades na próxima segunda-feira (22). Os profissionais participarão de uma assembléia geral da categoria nesta quarta-feira (17), para votarem o indiciativo de greve. O estado possui atualmente 550 profissionais e todo o efetivo deverá aderir ao movimento.

Em abril desse ano os agentes que atuam no Centro Socieducativo de Cuiabá conhecido como Pomeri, realizaram um protesto em que fazia as mesmas reivindicações. Entre elas melhorias estruturais, reajuste salarial, armamento para o desenvolvimento das atividades e principalmente o aumento do efetivo.

Segundo o Presidente do Sindicato dos Profissionais do Sistema Socieducativo do Estado (Sindpss), Paulo César de Souza, cerca de 550 profissionais que atuam em todo o estado participaram da paralisação. “No inicio desse ano firmamos um acordo com a Secretária de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), acordo esse que nem sequer saiu do papel, iremos reivindicar apenas o que já avia sido prometido”, afirma o presidente.

Nesta quarta-feira (17), os servidores vão se reunir para decidirem se cruzam os braços ou não. Se houver uma decisão positiva para a paralisação, as atividades devem ser suspensas na próxima segunda-feira (22). “Se ficar decidido pela paralisação logo o estado será notificado, e respeitando as normas suspenderemos parte das atividades, manteremos apenas o que determina a lei”, reforça Paulo.

Outro lado – O Secretário de Justiça e Direitos Humanos de mato Grosso, Luis Antônio Pôssas de Carvalho, nega que o acordo não tenha sido cumprido. Para ele a principal intenção dos agentes é a ocupação dadireção do Pomeri por um de seus profissionais. “A lei exige que a direção do sistema prisional seja ocupado por agentes prisionais, no entanto no sistema socieducativo as normas não são as mesmas”.

Segundo Pôssas, todas as unidades socieducativas do estado passou atualmente por reformas administrativas, algumas dessas mudanças desagradaram alguns servidores. Quanto ao aumento no efetivo dos agentes o secretario ressalta que somente em Cuiabá foram contratados recentemente 50 novos agentes socieducadores.

“Essa reivindicação não apresenta nenhum fundamento, somente no Pomeri atualmente atuam 120 agentes, sendo que o número de internos somam pouco mais de 90 menores. Logo o numero de agentes chega a superar o numero de internos, aumentar efetivo pra que?”, indaga o secretário.

 ossas afirmou ainda que a única reivindicação dos agentes que não foi possível de ser concedida foi o armamento dos profissionais. O Estatuto da Criança e do Adolescente não permite que o agente socieducativo atue armado próximo aos menores.

“A secretaria não pode passar por cima da lei simplesmente para agradar meia dúzia de servidores. Esses profissionais são capacitados e equipados o suficiente para lidar com qualquer tipo de situação, por mais difícil que seja”, finalizou o secretário que disse ainda que o estado estará preparado para qualquer eventual paralisação.

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