Juvenal Juvêncio resolveu fechar 2011 em alto estilo. Em sua última aparição pública no ano, o presidente do São Paulo criticou duramente a atitude que, segundo ele, foi adotada por alguns jogadores e que foi fatal para o time ter falhado em todas as competições que disputou nesta temporada.
Em um discurso inflamado, o dirigente falou sobre a reformulação que fará no time para a temporada 2012 e não perdoou os "preguiçosos", que teriam sido, na visão dele, o grande problema do São Paulo nos últimos dois anos.
– Os jogadores ganham muito, um salário desproporcional. Eles vão, compram carros enormes, são endeusados, há as moçoilas… E então, paga-se os salários, o campo é bom, a alimentação é boa, mas entra em campo e a bola não entra. Queria eu poder ir lá e fazer o gol, mas eu não consigo, não posso.
Com a chegada dos primeiros jogadores contratados, o clube abre oficialmente a temporada de reformulações no elenco que falhou em 2011 por não ter conseguido nem sequer a classificação para a Copa Libertadores.
– Eu disse que se falhássemos não íamos mais trocar o técnico, íamos trocar o elenco. E vamos fazer isso. Está na hora de mudar os jogadores. Os jogadores que vão chegar são bons. Eu vou ser criticado, mas não importa. Eu acho que eles são bons.
O cartola explicou com detalhes o tipo de atleta que espera ter no clube a partir de agora.
– Vou trazer cara de guerra, de luta. Vou trazer cara que vai pegar. Não adianta ficar com os 'vaselinas' que só sabem driblar.
O presidente afirmou estar ciente de que tem sido criticado pela queda do time nas últimas temporadas – são três anos seguidos sem troféus, depois de três anos seguidos com o título do Brasileiro.
– Falam por aí: 'o Juvenal está errando, desaprendeu'. Mas quando o time ganhou títulos diziam: 'O Juvenal está indo bem, sabe das coisas'. Eu sei como são essas coisas. Dizem que eu desaprendi. Mas eu sei muito desse negócio aqui. E a cada vez eu estou aprendendo mais.
Ele também disparou contra seus pares de outros clubes. Afirmou que nenhum tipo de associação entre dirigentes tem chance de ir para a frente porque "todos se odeiam".
– É por isso que o G4 [associação com Santos, Corinthians e Palmeiras] não deu certo. É por isso que o Clube dos 13 não deu certo.