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Um dos principais líderes do Democratas em Mato Grosso, o ex-senador Júlio Campos já está fazendo avaliações sobre o cenário político no Estado e projetou que a candidatura da juíza aposentada Selma Arruda não deve “empolgar”.
Otmar de Oliveira Júlio avalia que candidatura de Selma não ‘empolga’ |
Selma se filiou ao PSL na última semana e já foi anunciada como pré-candidata ao Senado para a disputa das eleições neste ano. Ela deve concorrer com o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) e Jayme Campos (DEM), que já demonstraram interesse em uma das duas vagas que serão abertas.
Para Júlio Campos, Selma é um “quadro novo” que surgiu na politica mato-grossense, embora já fosse esperada sua participação nas eleições deste ano.
“Há mais de um ano já se cogitava que ela poderia deixar a magistratura para ser uma possível candidata a um parlamento federal e agora se concretizou”, disse ele, durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, nesta segunda-feira (9).
A trajetória de Selma como magistrada, segundo Júlio, precisa ser respeitada, mas sua candidatura não deve ascender ao longo do processo eleitoral. Selma se aposentou em março e teve uma carreira marcada por julgar políticos corruptos e organizações criminosas em Mato Grosso.
“Ela é uma candidata que temos que respeitar, com bons serviços como juíza, mas não sei se vai empolgar a nível de eleição. Mas é uma candidata forte. Qualquer partido politico não pode deixar de considerar a candidatura de Selma”, afirmou.
Otmar de Oliveira Juiza aposentada Selma Arruda |
Julio Campos aproveitou ainda para relembrar que outros políticos oriundos do “núcleo judiciário” já estiveram na mesma posição de Selma e não deram sorte, “como o ex-juiz federal Julier Sebastião e o ex-procurador da república, governador Pedro Taques (PSDB)”.
“É uma candidatura diferente, que pode emplacar, embora a experiência das pessoas do judiciário e membros do Ministério Público na política, uns tiveram sucesso e insucesso”, disse.
Julier concorreu às eleições a Prefeitura de Cuiabá, em 2016, e perdeu. Já Taques foi eleito governador, mas amarga o distanciamento do seu grupo político do seu projeto de reeleição para este ano.
A juíza aposentada, por sua vez, já anunciou que deverá adotar a bandeira de combate à corrupção e a defesa dos valores morais, familiares e éticos.