Caminhoneiros vão suspender os bloqueios, diz líder

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 Os caminhoneiros estão decididos a suspender o bloqueio das rodovias do país. Representantes da categoria se reuniram na tarde desta quarta-feira com ministro da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e apresentaram a pauta de reivindicações. Ficou acertado, segundo os caminhoneiros, que os temas serão aprofundados durante a reunião marcada para o próximo dia 10 em Brasília.

— Decidimos suspender a paralisação até o próximo dia 10 e apostar na mesa de negociação onde todos os itens serão discutidos, começando pelo preço do frete_ disse um dos líderes do movimento Carlos Alberto Litti.

Mais cedo, lideranças dos caminhoneiros se reuniram com vários parlamentares na Câmara. Para o presidente da Frente Parlamente de Transporte e Logística, deputado Covatti Filho (PP-RS), está nas mãos do governo acabar com o movimento da categoria.

— Os caminhoneiros estão com duas questões, se hoje eles não forem recebidos, depois desta questão de liberar as rodovias, ou eles voltam a fazer as manifestações ou eles tem a ideia de suspender o movimento até perto do dia 15 de março. Tem estas duas ideias. Mas eles só vão definir perante o pessoal do Palácio dizer nós não vamos receber o movimento. Tudo vai depender da resposta do Palácio.

E completou:

— Hoje está nas mãos do governo acabar com o movimento.

Covatti Filho deixou claro que os deputados estão na interlocução da aproximação da categoria com o governo. Ele disse que conversou com os caminhoneiros para que liberassem as pistas, porque foi uma reivindicação do governo.

— A ideia é não colocar nenhum parlamentar nesta reunião entre os caminhoneiros e o governo —afirmou.

O deputado Adilton Sachetti (PSB-MT), que é integrante da Comissão de Agricultura da Câmara, acredita que o preço do óleo diesel é o grande problema de toda a categoria. O problema dos caminhoneiros, segundo ele, começou quando o governo deu incentivos para a compra de caminhões. E, agora há excesso de veículos, o que além de causar um endividamento dos caminhoneiros, também leva a uma redução do preço do frete.

— O governo tem que entender que é um movimento dos caminhoneiros é difuso, a Câmara é a representante. Se não tem uma liderança os parlamentares podem agir para ajudar — afirmou.

Um dos líderes do movimento dos caminhoneiros, Tiago Sebrensk, do município de Pitanga, região central do Paraná, disse que o pequeno produtor de leite também está sendo prejudicado. Ele reclamou do preço do combustível, que chegou a R$ 3,80 o litro do diesel, enquanto as grandes empresas de frota de caminhão estão pagando o frete a R$ 2,90 o quilômetro/rodado, livre do pedágio para o transporte de grão na época da safra.

— Este é o mesmo valor do frete, o mesmo de oito anos atrás, quando o óleo diesel representava 20% do custo do caminhoneiro. Atualmente, o custo do combustível representava 80% — disse Tiago Sebrensk.

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