Caminhoneiros defendem o fim da concessão à ALL

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Os representantes de sindicatos ligados ao setor de transportes terrestres ameaçaram pedir ao Governo Federal o fim da concessão que permitiu a América Latina Logística (ALL) explorar a Ferrovia Vicente Vuolo, a Ferronorte, que liga Mato Grosso ao Porto de Santos (SP), a partir dos terminais de Alto Araguaia e Alto Taquari, no Sul do Estado.

Uma reunião, nesta sexta-feira (29), em Cuiabá, entre representantes do Ministério Público Estadual, da Polícia Rodoviária Federal, dos sindicatos e da ALL não chegou a um denominador comum sobre o fim do protesto de caminhoneiros, contra as precárias condições dos terminais ferroviários.

Pela manhã, o trecho da BR-364, entre os terminais ferroviários de Alto Araguaia e Alto Taquari foi bloqueado, pois os motoristas trancaram a estrada como forma de protesto. Eles reclamam de más condições dos terminais de descarga, que são coordenados pela ALL.

O presidente da Associação do Transporte de Cargas (ATC), Miguel Antônio Mendes, acusou a ALL de deixar os caminhoneiros até 36 horas para poder descarregarem as suas mercadorias. A empresa não permitira o repouso dos profissionais, além de cobrar pelo uso dos sanitários.

"A ALL está desafiando o poder público. Entregamos um ofício para o presidente do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), Luis Antonio Pagot, relatando o caos em que vivemos, mas não fomos atendidos", declarou ele.

O gerente nacional de terminais da ALL, André Costa, negou todas as acusações e não demonstrou vontade em negociar. "Fazemos tudo o que podemos. Para este ano, já está previsto em nosso orçamento um investimento de R$ 11 milhões em infraestrutura", afirmou ele.

"Oito horas"

"As acusações de que os caminhoneiros ficam tanto tempo esperando para descarregar é inverídica. A média de espera é de oito horas", disse Costa. Segundo o gerente, a ALL mantém dois pátios para descarregar, uma em Alto Araguaia e outra em Alto Taquari, com capacidades de descarga de até 700 caminhões.

As linhas ferroviárias das duas cidades fazem o escoamento de grãos para exportação, a partir do Porto de Santos.

Intermediária

Procuradora da República em Mato Grosso, Vanessa Scarmagnani disse que vai continuar tentando um acordo entre as partes.

"É melhor que os caminhoneiros e transportadoras cheguem a um acordo com a ALL. Se tomarmos as decisões cabíveis juridicamente, será ruim para as duas partes pois o processo poderá se estender por anos", disse ela

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