Cacique Raoni receberá alta neste sábado

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O cacique Raoni Metuktire, conhecido por sua luta pela conservação da Amazônia brasileira, receberá alta neste sábado, depois de ficar hospitalizado por uma semana devido a problemas de úlcera, informou o centro médico nesta sexta-feira (24). 

“A saída está confirmada no sábado”, disse à AFP um porta-voz do hospital Dois Pinheiros de Sinop, no estado do Mato Grosso, onde o líder Kayapo de 90 anos foi tratado por úlceras gástricas e uma infecção intestinal. 

“O cacique Raoni receberá alta do hospital e retornará para sua aldeia, Metuktire.  Em nome do cacique Raoni agradecemos todo o apoio e carinho dado”, escreveu o Instituto Raoni em sua conta no Twitter. 

A alta médica do líder indígena estava sem data desde a quinta-feira, quando a equipe médica que o atendeu detectou novas úlceras e inflamação do cólon. 

Os resultados de uma biópsia ainda são aguardados. Uma coletiva de imprensa está agendada para o sábado com a presença de médicos que o trataram, familiares e membros de seu instituto.

“Ainda está sendo avaliada a participação do cacique Raoni na coletiva, uma vez que está de luto pela morte da esposa e a tradição indígena exige reclusão total”, informou o hospital em nota.

O cacique enfrentou este problema de saúde após a morte de sua esposa, Bekwyjka, em 23 de junho, por um derrame. 

Raoni foi inicialmente hospitalizado na quinta-feira da semana passada na pequena cidade de Colíder (Mato Grosso) e transferido para Sinop no sábado. Os testes para COVID-19 resultaram negativos. 

Caracterizado por seus cocares de penas coloridas e pelo grande disco inserido em seu lábio inferior, Raoni viajou pelo mundo nas últimas três décadas para conscientizar sobre a ameaça de destruição na Amazônia. 

Ele foi acusado pelo presidente Jair Bolsonaro de estar a serviço de potências estrangeiras. 

Raoni, em entrevista à AFP, acusou Bolsonaro de querer “tirar proveito” da pandemia de coronavírus para promover projetos que ameaçam os povos indígenas. 

Mais de 18.000 indígenas foram infectados e 570 morreram de COVID-19, de acordo com a Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que alerta para o risco que correm 900.000 habitantes de aldeias tradicionais no Brasil.

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