Bumbum de acrílico: falsa médica debocha e culpa vítima: “ela comeu 1 kg de chocolate”

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Suspeita é indiciada por lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina.

A suspeita de ter aplicado acrílico no glúteo da advogada Vânia Prisco, 29 anos, prestou depoimento sobre o caso na Delegacia de Ricardo de Albuquerque, zona norte do Rio, na noite de quinta-feira (5). Cecília Tavares é investigada por se passar por médica e de ser responsável por aplicar meta crill em mulheres em uma clínica estética em Anchieta. De acordo com Jorge Zahra, delegado titular da 31ª DP, ela foi indiciada por lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina. A polícia descartou o pedido de prisão preventiva.

Em depoimento, a suspeita assumiu ter feito os procedimentos em cinco mulheres, apesar de ter sido denunciada por seis. Ela negou ainda a versão de que se apresentava como médica ou como major do Exército e disse que contava ser técnica de enfermagem.

Ao depor, a suspeita disse que o procedimento feito em Vânia deu errado pela falta de cuidado por parte da vítima, que não teria seguido as recomendações e nem a dieta. Segundo Cecília, a aplicação na advogada teria inflamado após Vânia ter comido 1 kg de chocolate às vésperas da prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

— Como ela quer que fique bom se ela não seguiu a dieta recomendada? Logo após o procedimento, ela viajou ao Peru e comeu comidas condimentadas. A Vânia me disse que ela teria comido um quilo de chocolates na véspera da prova da OAB.

Vânia rebateu Cecília e afirma que a falsa médica não passou dieta. A advogada também disse que não comeu chocolate durante o tempo de recuperação e que já viajou para o Peru apresentando os sintomas de que havia algo errado na aplicação de acrílico no bumbum. A vítima informou que, mesmo com a evolução negativa do quadro, Cecília disse que o problema iria passar e que não era necessário a ida de Vânia a algum médico.

De acordo com as investigações, Cecília seria autora de vários procedimentos com acrílico mesmo não tendo o registro médico. Ela foi denunciada pela primeira vez por uma paciente em 2011, após uma aplicação malsucedida do material.

O delegado do caso, Jorge Zahra disse que a falsa médica, acompanhada de três advogados, depôs de forma espontânea e que estava arrependida dos procedimentos, apesar de ser irônica em alguns momentos do depoimento.

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