O britânico Michael Carroll, de 26 anos, tinha 18 quando tirou a sorte máxima e venceu um concurso nacional de loteria. Ele levou, na época, a bolada de 9,7 milhões de libras (R$ 28 milhões). Ainda avisou, em entrevistas:
– Agora eu vou viver!
O cara não estava brincando. Após oito anos viajando pelo país e mundo, comprou iates, apartamentos, carros de luxo e não parou um só dia para respirar. Só com prostitutas ele calcula ter torrado cerca de R$ 300 mil. Com cocaína, o morador de Norfolk, no leste da Inglaterra, detonou R$ 230 mil. Comprou o equivalente a R$ 2,3 milhões em aparelhos de som, TVs, computadores e uma variedade impensável de eletrônicos – todos vendidos. Para fazer baladas com os amigos e amigas, gastou uns R$ 2 milhões.
Liso, com algumas contas a pagar, Carroll mora numa quitinete alugada e recebe cerca de R$ 122 de seguro-desemprego por semana. Ele lamenta:
– Hoje eu vivo até bem com essa quantia, mesmo sem poder fazer muita coisa – só não passo fome. Mas me arrependo total de ver a grana sumir. É mais fácil viver com essa dinheirinho que eu tenho do que com milhões, disse ele ao jornal Daily Mail.
Carroll deu aos amigos e familiares uma parte da grana – cerca de R$ 14 milhões. Alguns deles o ajudam. Muito desapareceram do mapa. A mulher dele, Sandra, já tinha largado o homem na época das festas.
– Voltei ao ponto em que estava há oito anos – duro, com poucos amigos e fazendo uma balada por semana. Quanto tinha dinheiro, fazia umas cinco, seis. Pelo menos me livrei das drogas. Até crack eu fumei. Perdi propriedades na Inglaterra e apartamentos em Dubai, uma Mercedes linda de R$ 2 milhões, meus cavalos, uma fazenda, mansões. Enfim, tudo o que acumulei. Se tem alguém que se ferrou no planeta, sou eu.
Carroll mora só e está procurando emprego. Assim que arrumar, promete voltar a jogar na loteria. Está sem grana até para apostar.