Brasil vai produzir vacina contra rubéola e sarampo para países pobres

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Ministro da Saúde anunciou novidade nesta segunda-feira (28) no Rio de Janeiro

O principal centro de pesquisas e desenvolvimento biomédico do Brasil anunciou nesta segunda-feira (28) planos de produzir uma vacina dupla viral para sarampo e rubéola destinada a países em desenvolvimento, sobretudo na África.

A primeira vacina brasileira desenvolvida especificamente para exportação será produzida pela Bio-Manguinhos, uma unidade da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com a Fundação Bill & Melinda Gates.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez o anúncio dos planos sobre a vacina em uma conferência de medicina organizada pela Fundação Gates no Rio de Janeiro.

Países como China, Índia e Brasil têm intensificado os investimentos em tecnologia biomédica para fornecer vacinas e remédios a países em desenvolvimento com preços reduzidos em relação aos praticados pela indústria farmacêutica de países desenvolvidos.

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O sarampo mata 158 mil pessoas por ano no mundo, a maior parte formada por crianças de até cinco anos. A rubéola, virose contagiosa que tem pequenas manchas entre os sintomas, pode causar sérias sequelas em mulheres grávidas e seus bebês.

A Bio-Manguinhos, que possui um largo histórico na produção de vacinas combinadas para sarampo, caxumba e rubéola, vai fabricar 30 milhões de doses por ano da nova vacina dupla viral para suprir países em desenvolvimento na África, Ásia e América Latina.

A produção vai incrementar a disponibilidade da vacina que hoje é feita por apenas um fabricante, o Instituto Serum, da Índia.

A Fundação Gates afirmou que vai destinar R$ 2,2 bilhões para apoiar os testes clínicos e pode contribuir para fundos adicionais em fases subsequentes do projeto.

Bio-Manguinhos tem produzido a vacina multiviral para sarampo, caxumba e rubéola desde 2003 sob um acordo de transferência de tecnologia com a GlaxoSmithKline. Essa vacina tripla é usada no programa de imunização brasileiro, mas ainda não foi adotada em outros países em desenvolvimento devido ao custo e à limitada presença epidemiológica de caxumba em muitos desses países.

A nova vacina bivalente será destinada a esse grupo de nações e deve chegar ao mercado até 2017.

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