Grupo se destaca no patrulhamento de alto risco, gerenciamento de crises e tiro de precisão
Katiana Pereira/MidiaNews
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Bope de MT faz 25 anos e é considerado referência em todo o Brasil
KATIANA PEREIRA
O Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar de Mato Grosso, completa 25 anos de atuação, nesta quarta-feira (20).
As décadas de trabalho renderam à denominada “Tropa de Elite” o status de referência nacional em patrulhamento de alto risco, gerenciamento de crises e tiro de precisão.
Para o comandante do Bope, major Joanildo Assis, o principal reconhecimento vem da sociedade. “O Bope não foi criado para ser a solução dos problemas da Segurança Pública. Mas, sim, para garantir que o Estado se faça presente onde e quando for necessário”, afirmou.
Os agentes do Bope estão entre os mais bem treinados e preparados, em todo o Estado. “É um seleto grupo de militares que fizeram do Bope a sua filosofia de vida”, disse Assis.
O Bope atua em Mato Grosso desde 1988, com a criação da Companhia de Operações Especiais (COE), constituída com a finalidade de preencher a lacuna no combate ao crime organizado.
Com o desmembramento do batalhão da 2ª Companhia (Rotam), em 2009, o Bope passou a ser constituído somente pelo efetivo remanescente da Companhia de Operações Especiais e, hoje, é formado por aproximadamente 100 policiais militares, que atuam nas mais diversas funções.
“Bope não foi criado para ser a solução para os problemas da Segurança Pública. Mas, sim, para garantir que o Estado se faça presente onde, e quando, for necessário”
O batalhão aplica a doutrina do Comando de Operações Táticas (COT), da Polícia Federal.
As comemorações aos 25 anos do Bope começam na quinta-feira (21), com uma sessão solene na Assembleia Legislativa, às 19 horas. Na ocasião, será lançada uma revista comemorativa, que contará a história do batalhão.
Destaque no Brasil
A Tropa de Elite de Mato Grosso atua em operações especiais de longo período, em áreas rurais e terrenos pantanosos.
“A unidade é referência. A prova disso são as várias operações de sucesso realizadas nos últimos seis meses, contra criminosos escondidos em áreas de mata”, disse o major Assis, se referindo ao confronto com quadrilhas que assaltaram bancos no Norte e Noroeste de Mato Grosso, na modalidade conhecida como “Novo Cangaço”.
O Bope de MT é única unidade militar do país que forma atiradores de precisão, os “snipers”.
O capitão Marcos Eduardo Paccola é considerado um dos melhores snipers do Brasil, e é instrutor no curso de atirador policial de precisão.
Paccola já treinou atiradores de elite para os estados de Rondônia, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Distrito Federal.
“Caveiras”
Os militares do Bope usam a caveira como símbolo e assim são conhecidos.
A caveira simboliza o raciocínio, inteligência e a missão para as “Operações Especiais”. A faca na caveira simboliza a vitória da vida sobre a morte.
Um “caveira” tem que seguir onze mandamentos essenciais ao desempenho de sua função: agressividade controlada, controle emocional, disciplina consciente, espírito de corpo, honestidade, iniciativa, lealdade, liderança, perseverança e versatilidade.
Estrutura
Atualmente, o Bope possui uma Companhia de Intervenção Tática, constituída pelos caveiras. Eles são responsáveis por realizar as operações policiais de alta complexidade.
O batalhão possui, ainda, uma Companhia de Gerenciamento de Crises e Contra Terror, constituída de policiais militares especialista da área de negociação, explosivos e tiro policial de precisão.
Os policiais também são responsáveis pela Companhia de Intervenção Tática, que atua na resolução de situações consideradas de altíssima complexidade.
O Bope tem, ainda, a Companhia de Comando e Serviço, que é constituída de policiais militares responsáveis por atuar na segurança das instalações, controle e manutenção dos armamentos e equipamentos.