Simone Ishizuka/ GD
Foto-Marcus Vaillant/Arquivo |
O senador Blairo Maggi (PR) deve manifestar apoio à presidente Dilma Rousself (PT) neste segundo turno. Em coletiva de imprensa, o senador eleito Wellington Fagundes (PR) e o ministro da agricultura Neri Geller (PMDB) revelaram novas estratégias de campanha, e confirmaram a presença do ex-governador nesta etapa da disputa, além da visita do vice presidente, Michel Temer.
Fagundes afirmou que, logo que saiu o anúncio dos candidatos das chapas majoritárias, Blairo havia declarado que não iria participar ativamente da campanha deste ano, e que isso não era mistério para ninguém. “Quando saímos candidatos, o Blairo havia afirmado que não iria se manifestar no pleito. Então ninguém tinha dúvida disso. Ele me disse que se eu quisesse uma gravação, poderia fazer, mas não iria participar efetivamente da campanha. E fez o que fez. Para mim, os candidatos éramos nós, que nós íamos subir ao palanque pedir voto. Eu me senti satisfeito com ele ter dado explicitamente o apoio”.
Um possível descontentamento com a política seria uma das causas do afastamento do senador, que deve se aposentar após cumprir o mandato. Questionado se Maggi estaria desanimado, devido às investigações da Operação Ararath, no qual ele é um dos alvos, Fagundes negou.
“Eu não falou explicitamente para mim que era por conta do Ararath. Ele disse que estava chateado com as atividades públicas, chateado com a vida pública. Então ele preferia recolher, ele quer dar um tempo. Tanto que ele chegou a anunciar que ele estaria concluindo o seu projeto político, que ele não seria mais candidato. Então tem aquela história que só o tempo irá dizer”.
Campanha – Para esta nova etapa da campanha, Fagundes afirmou que terá a presença maciça do ministro da agricultura, Neri Geller, devido ao bom desempenho dele durante a gestão da Dilma. No entanto, em reunião com a presidente em Brasília, o republicano salientou ter dito a carência da imagem de Rousseff e do vice Michel Temer (PMDB) em Mato Grosso, uma vez que o partido perdeu as eleições no Estado.
“Na reunião que tivemos em Brasília, eu expus isso a ela e a toda equipe. Foi uma reunião que tinha os senadores eleitos, os governadores eleitos, e todos os governadores que foram para o segundo turno na nossa base. Então não era muita gente. Nós nos sentimos um pouco órfão, de não ter vindo aqui nem a presidente, nem o vice presidente. E que seria bom que um dos dois viessem aqui”.
Ele revelou que não há confirmação da presença de Dilma no Estado, durante este segundo turno, devido ela estar focada nos grandes centros e no nordeste do país. No entanto, há esperanças de que o vice, Michel Temer, venha ao Estado para reforçar o segundo turno, ao lado de Geller.
“Conversamos depois, e a decisão junto com o Mercadante, o Neri seria a pessoa que iria ajudar a organizar isso aqui, por ele ser o ministro de Mato Grosso e também da agricultura. O ministro tem feito um grande trabalho em Brasília, não só voltado para o Estado, mas para o Brasil inteiro. Por isso a presença do Neri é fundamental, como outros companheiros. Pode ser que o Temer venha antes das votações, para fortalecer o nome do partido no Estado”.