Blairo Maggi não se posiciona sobre investigação do MPE

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O ex-governador e senador Blairo Maggi (PR) resolveu não se posicionar sobre a denúncia de que a nova sede do Grupo André Maggi teria sido beneficiada com um asfaltamento pago com dinheiro público. Apesar da repercussão negativa, inclusive na imprensa nacional – o jornal paulistano O Estado de S. Paulorepercutiu, nesta quarta-feira (30), a reportagem do MidiaNews – Maggi optou pelo silêncio. 

A denúncia resultou em um procedimento investigatório do Ministério Público Estadual, sob responsabilidade do promotor de Justiça Célio Joubert Furio.

Mesmo sendo acionista majoritário da empresa, que leva o nome de seu pai, a assessoria de Maggi foi enfática ao dizer que ele não iria se manifestar sobre o caso. 

"É uma questão que deve ser resolvida entre o Grupo André Maggi e o Governo do Estado. Esta é a posição do senador", disse um dos assessores de Maggi, por telefone.

A nova sede da Amaggi está em fase final de construção e localizada na Avenida Hélio Ribeiro, no bairro Jardim Eldorado, em Cuiabá. A mesma avenida está sendo duplicada com R$ 2,1 milhões de emenda federal pela Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (antiga Sinfra).

O promotor Furio classificou a situação como "estranha essa coincidência" (click no link e leia mais:http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=1&idnot=70415).

Amaggi

Em nota à reportagem, o gerente de Comunicação do Grupo André Maggi garantiu que todos os investimentos na nova obra são custeados pela própria empresa. 

"Para mudar sua sede de Rondonópolis para Cuiabá, o Grupo André Maggi não pleiteou nenhum beneficio junto à prefeitura da capital ou do governo do Estado de Mato Grosso. Todas as obras e investimentos relativos ao empreendimento do novo prédio estão sendo custeados pela empresa", diz a nota.

Secretaria

A Secretaria de Estado e Transportes e Pavimentação Urbana também emitiu uma nota ao MidiaNews

"A SETPU informa que a obra viária de duplicação de avenidas dentro do complexo do Centro Político e Administrativo é pública e obedece a um planejamento viário feito em 1973, quando se instituiu a área de expansão de Cuiabá. Trata-se de uma ampla duplicação de pistas que começa no Detran, e alcança a Avenida Rubens de Mendonça, com algumas variáveis", diz a nota.

"Porém, a área em torno da construção do Grupo Amaggi não está sendo realizada nesse conjunto de duplicações. É uma obra privada complementar, com recursos privados, contratada pela empresa. Por fim, essas duplicações de responsabilidade do Governo de Mato Grosso, decorrem de uma emenda parlamentar federal de 2009, que contempla esta obra e mais um grupo de 47 outros lotes em diversas regiões da capital", conclui a nota.

O procedimento investigatório do Ministério Público está em sua fase inicial. O promotor Célio Furio já notificou o secretário Arnaldo Alves, da SETPU, para que sejam fornecidos todos os documentos referentes à obra, tais como processo licitatório e cronograma de execução.

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