Avião de Roger Agnelli não tinha caixa preta

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O avião que caiu neste sábado na zona norte de São Paulo, em acidente que matou o ex-presidente da mineradora Vale, Roger Agnelli, não tinha caixa preta, segundo reportagem do site do jornal O Estado de S.Paulo que cita a Força Aérea Brasileira (FAB). Peritos continuam no local para investigar a queda do monomotor modelo CA-9.

Produzido pela empresa americana Comp Air, a aeronave prefixo PR-ZRA pertencia ao próprio empresário e estava em situação regular, segundo informou a Agência Nacional de Aviação Civil ao jornal Folha de S. Paulo. O avião é feito inteiramente com fibra de carbono, “destinado principalmente ao transporte pessoal, com elevada velocidade de cruzeiro, grande carga útil, interior amplo e confortável, versátil e silencioso”, segundo site da empresa.

Segundo a FAB, esse tipo de avião não é obrigado a ter caixa preta – fica a critério dos proprietários instalá-la ou não. A ausência do equipamento deve dificultar a investigação das causas do acidente. Acidentes aéreos são via de regra objeto de apuração do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos). Segundo a Folha de S.Paulo, contudo, o Cenipa não é obrigado a investigar os casos envolvendo aviões de categoria experimental, como o de Agnelli, a não ser que acredite que a apuração possa ajudar a prevenir outras tragédias.

A aeronave de Agnelli decolou às 15h20 no Campo de Marte e caiu três minutos depois, na altura do número 110 da Rua Frei Machado, no Jardim São Bento. Além dele, também morreram sua mulher Andrea, os João e Anna Carolina, um genro, uma nora e o piloto.

Planalto – A presidente Dilma Rousseff divulgou nota de pesar neste domingo pela morte de Agnelli e familiares. O texto afirma que o País perdeu “um brasileiro de extraordinária visão empreendedora”. Dilma destaca que Agnelli “dedicou sua carreira a grandes empresas brasileiras, sempre comprometido com o desenvolvimento do País” e manifesta solidariedade a parentes e amigos.

Vale – A mineradora Vale também lamentou neste domingo a morte de seu ex-presidente. “A Vale e seus empregados se solidarizam com a dor dos familiares e amigos do executivo que tanto contribuiu para o desenvolvimento da nossa empresa”, afirma a nota. “Durante os dez anos em que Roger presidiu a Vale, a companhia se consolidou como a maior produtora global de minério de ferro e a segunda maior mineradora do mundo. Foi durante sua gestão que a Vale intensificou sua estratégia de expansão global, que levou a Vale a um novo patamar no mercado global de mineração.”

Bradesco – O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, e o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, também divulgaram nota de pesar: “Lamentamos a perda de Roger Agnelli e familiares em trágico acidente. Ele integrou por muitos anos nosso corpo de executivos, período no qual manteve conduta responsável e correta. Cumpriu com êxito os desafios a ele designados, como a construção da holding Bradespar e a gestão da Vale. Agnelli teve uma existência relevante e deixa legado de trabalho sério e determinado”.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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