Renan Marcel/GD
Dados relativos à evolução financeira do contrato entre o governo de Mato Grosso e o Consórcio do VLT serão apresentados pela Controladoria-Geral do Estado somente em abril, quando a comissão criada pelo governador Pedro Taques (PDT) concluir a auditoria nos documentos referentes à implantação do modal em Cuiabá e Várzea Grande.
Com o relatório será possível ter dimensão dos gastos efetivamentes realizados até o momento e verificar se os pagamentos foram feitos de forma regular. A partir desses números detalhados, o governo poderá cobrar ressarcimento e a conclusão da obra, sem onerar ainda mais os cofres públicos. O valor da continuidade da obra e o prazo para conclusão dependem, entre outras, dessas informações.
Na primeira parte da auditora, ficou constatado que foram pagos R$ 200 milhões a mais por serviços que não teriam sido entregues. O Consórcio, no entanto, cobra repasse de R$ 160 milhões referente a outubro, novembro e dezembro do ano passado, que estariam atrasados.
A CGE chegou à conclusão de que é necessário o Consórcio apresentar um “cronograma factível” para retomar as obras. Também cobra a apresentação de projetos básicos, “com qualidade”, e ataque às “patologias” apresentadas nas obras. O governo ainda quer o ressarcimento pela contratação de uma empresa especializada, a Laboratório de Sistemas Estruturais Ltda., para vistoriar as obras, no valor de R$ 2,5 milhões.