Assembleia Legislativa debate saúde e Romoaldo vê gestão desestabilizada

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A Assembleia Legislativa (AL) realiza audiência pública para debater a saúde estadual, no dia 5 de setembro, e deve contar com a presença do secretário Estadual de Saúde, Mauri Rodrigues. A expectativa é debater toda a saúde no Estado, bem como o atual modelo de gestão da saúde pública, as Organizações Sociais de Saúde (OSS). O secretário também deve prestar esclarecimentos sobre denúncia do ex-secretário de Saúde, deputado federal Pedro Henry, de que ocorreriam desvios na ordem de R$18 milhões/ano na pasta. Para o presidente da AL, deputado Romoaldo Junior (PMDB), toda esta polêmica na saúde, desestabiliza a gestão do atual secretário.

Na próxima terça-feira (27), o deputado federal Pedro Henry (PP), que comandou a pasta de saúde de 2011 a 2012, irá prestar esclarecimentos na Comissão de Saúde da AL, sobre denúncia apresentada em coletiva à imprensa, em 12 de agosto. Conforme Henry, que garante estar na posse de documentos que comprovam, existe desvio anual de R$18 milhões na pasta.

O deputado explicou que o Ministério da Saúde repassa mensalmente R$2,8 milhões, dos quais, apenas R$1,5 mi são encaminhados ao Hospital Metropolitano de Sinop. Os recursos são para investimentos em atendimentos e cirurgias de alta e média complexidade. Henry questionou para onde está indo o montante de R$1,3 mi.

Os deputados estaduais querem que Henry preste os devidos esclarecimentos e apresente os documentos que comprovam o desvio. Presidente da Comissão de Saúde, deputado Antônio Azambuja, explicou que após a ida de Henry, os deputados irão convocar o secretário de Saúde, Mauri Rodrigues, para esclarecimentos acerca da denúncia do deputado federal.

Romoaldo Junior atribui as denúncias ao rompimento do PP com o governo do Estado, já que Mauri Rodrigues foi indicação do partido. Mas, os deputados do PP, ao não verem os pleitos atendidos pelo secretário, pediram que o governo promovesse mudanças na pasta. Sem serem atendidos pelo governador Silval Barbosa (PMDB), o PP firmou atuação independente na Assembleia Legislativa. Informações de bastidores constam que o governador só não promoveu mudanças na pasta, por não possuir nome que possa substituir Mauri. 

“Será uma semana difícil, e isto é consequência do desentendimento do PP, com o governo Silval, sobre a gestão do secretário de Saúde, Mauri Rodrigues”, disse.

O presidente da AL, pondera que estas questões polêmicas envolvendo a saúde, desestabilizam a gestão do atual secretário.
“A gestão está conturbada, e todas estas questões acabam desestabilizando a gestão do Mauri, e por isso, realizaremos, esta audiência pública, para debater a questão dos médicos, das OSSs, etc”, explicou Romoaldo.

As OSSs, implantadas durante a gestão de Henry à frente da Saúde, são amplamente criticadas pelo segmento, como Sindicato dos Médicos (Sindimed), e Conselho Regional de Medicina (CRM). Projeto de lei de iniciativa popular, que tramita na AL, conta com mais de 40 mil assinaturas, que pedem o fim das OSSs. Contudo, serão realizadas audiências públicas para debater a saúde em todo o Estado e traçar um panorama do atendimento prestado à população.

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