Sissy Cambuim, repórter de A Gazeta
foto/Chico Ferreira |
Ainda em fase de investigação, a Operação Ararath pode levar políticos de Mato Grosso à prisão. Em sua 5ª fase, foram presos preventivamente o deputado estadual e candidato ao Governo de Mato Grosso, José Geraldo Riva (PSD) e o ex-secretário de Estado, Eder Moraes (PMDB). Eles foram encaminhados ao Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal no dia 20 de maio.
Ambos tiveram os mandados de prisão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) revogados pelo relator do caso na Corte, ministro Dias Toffoli, três dias depois, com a prisão preventiva convertida em medida restritiva de direitos, que inclui a entrega de passaporte à Polícia Federal (PF) e a proibição de manter contato com qualquer um dos outros investigados no inquérito que apura supostos crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Eder continua preso preventivamente por força de um outro mandado de prisão expedido pela 5ª Vara da Justiça Federal.
De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável pelas investigações, ainda em andamento, cabe à Polícia Federal (PF) fazer a fiscalização do cumprimento dessas medidas restritivas. “Parece, nós estamos esperando o relatório da PF, que um desses investigados que estão sob medida restritiva, teria conversado com outro investigado. Se isso ocorreu, eu vou postular a revogação da medida cautelar e a prisão preventiva, porque é assim que se faz”, destacou.
Por tramitar sob sigilo de justiça, não se sabe ao certo o número de investigados no inquérito, mas entre eles figuram, além de Riva e Eder, o senador Blairo Maggi (PR), o governador Silval Barbosa (PMDB), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo (PR), e uma série de empresários, a exemplo de Junior Mendonça, que era responsável pela concessão de empréstimos por meio de suas empresas com intermédio de Eder e tendo como suposto destinatário o grupo político.