Após reverter inelegibilidade, Rui Prado é reeleito presidente da Famato

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Alvo de vários questionamentos e até uma impugnação de candidatura pela chapa adversária, mas que foi revertida antes das eleições, o pecuarista Rui Carlos Prado foi reeleito presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) nesta terça-feira (14). Prado, que encabeçou a Chapa 2 – Sindicato Mais Forte, recebeu 50 votos enquanto o único adversário, o também pecuarista Antonio Galvan, autor dos questionamentos e pedidos de impugnação, obteve 30 votos pela chapa 1 –  Integrando a Agricultura e Pecuária.

A eleição para escolha da nova diretoria e conselho fiscal da Federação ocorreu na sede da entidade e 2 votos nulos. De acordo com a Famato, a votação foi realizada por 100% dos eleitores, ou seja, os 82 presidentes de sindicatos rurais aptos a votar compareceram ao evento e escolheram o representante da entidade por mais 3 anos. A nova diretoria foi eleita para a gestão do triênio 2013/2016.


Também foram eleitos Normando Corral como 1º vice-presidente e George Diogo Basílio na condição de 2º vice-presidente. A Famato é a maior representante do agronegócio de Mato Grosso, setor que foi responsável em 2012 por 66% ou US$ 12,8 bilhões dos US$ 19,7 bilhões estimados da Balança Comercial do Brasil. Com esse potencial na economia brasileira o agronegócio coloca o Estado no centro das atenções nacionais e despertou uma verdadeira briga jurídica na disputa pela presidência.

Divulgação/Assessoria
Dos 82 integrantes da entidade aptos a votar, apenas 2 anularam o voto

Rui Prado chegou a ser declarado inelegível pela juíza do Trabalho Substituta de Mato Grosso, Rachel Albuquerque de Medeiros Mello que acatou argumentos da chapa de Antônio Galvan e concedeu antecipação de tutela na ação impedindo Rui de prosseguir com sua candidatura. Pela decisão, a chapa 2 poderia substituir o candidato, nos termos do regulamento do processo eleitoral. Segundo a magistrada, Rui Prado já havia sido foi reeleito presidente da Famato para o triênio 2010, não podendo concorrer, novamente, ao cargo, sob pena de violação direta do Estatuto Social da entidade.

Contudo, um dia depois, a decisão foi revertida pela defesa de Prado que recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região e conseguiu uma decisão do presidente, desembargador Tarcísio Regis Valente, que cassou os efeitos da medida cautelar, devolvendo ao atual presidente a prerrogativa de disputar a eleição contra Antônio Galvan. O magistrado acatou a tese da defesa de que Prado não foi reeleito, já que da primeira vez em que assumiu a presidência da Famato estava na condição de interino, já que teria sido eleito vice-presidente da chapa encabeçada pelo hoje deputado federal, Homero Pereira (PSD).

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