Ação da Secretaria de Saúde marca Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase

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Ontem, último domingo de janeiro,  a Vigilância Sanitária de Colíder realizou um ato para lembrar o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase e também o dia da Não Violência, nos dois principais supermercados da cidade.
De acordo com a enfermeira Maria de Jesus Rodrigues, foram distribuídos panfletos e realizado orientação sobre o tema. Durante toda esta semana, nas unidades de saúde Santa Clara, Celídio Marques, Sagrada Família, Bom Jesus, Nova Galiléia e Central, serão realizadas palestras orientativas sobre o tema.
Apesar de ter cura, muitos brasileiros ainda se escondem e deixam de procurar o tratamento, com medo de sofrer estigma dentro da família, entre os amigos ou no trabalho. Em estado avançado, a hanseníase causa deformidades no rosto, nas mãos e pernas, comprometendo a aparência.
Nesta segunda-feira (30), o embaixador da Boa Vontade para Eliminação da Hanseníase das Nações Unidas, Yohei Sasakawa, estará no Brasil para a assinatura de documento global pelo fim do estigma e da discriminação contra pessoas com hanseníase.
Em 2011, foram registrados 34.894 novos casos da doença no país, redução de 15% em comparação a 2010 (30.298 casos). Apesar da queda, o país ainda é o segundo no ranking mundial de prevalência da doença, ficando atrás somente da Índia, que registra cerca de 125 mil novos casos por ano. A meta das Nações Unidas, de menos de um caso para grupo de 10 mil habitantes, só deve ser alcançada no Brasil em 2015, de acordo com o Ministério da Saúde.
Saiba mais sobre a hanseníase
 
Doença infecciosa, a hanseníase causa deformidades na pele e nos nervos de braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. A transmissão ocorre pelo contato direto e prolongado entre as pessoas. O doente sem tratamento expele o bacilo ao tossir ou espirrar. Muitas pessoas podem ser infectadas, mas a maioria tem resistência ao bacilo. Ambientes fechados, com pouca ventilação e sem luz solar aumentam as chances de contaminação. A transmissão não ocorre durante contato breve entre as pessoas, como uma caminhada para a escola ou uma conversa no elevador.
 
A doença não faz distição de sexo ou idade. Os sintomas são manchas brancas, avermelhadas e marrons em qualquer parte do corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade ao calor, frio ou toque, principalmente nas mãos, costas, nádegas, pernas e pés. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos primeiros sinais pode levar de dois a cinco anos.
 
A hanseníase tem cura. O tratamento, de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a base de comprimidos. O paciente pode tomar os medicamentos diariamente em casa e procurar o médico uma vez por mês para acompanhamento. O tratamento dura de seis meses a um ano. Assim que começa a tomar os remédios, o doente para de transmitir a hanseníase. E não precisa se afastar do trabalho, nem do convívio familiar, e pode manter relações sexuais.
 
O diagnóstico é feito pelo médico por meio de exame clínico. Em casos raros, o profissional pode solicitar exames complementares. A identificação e o tratamento precoces são as melhores formas de combater a doença. Outra recomendação é que pessoas que vivem ou que moraram com pacientes de hanseníase procurem um médico.

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