A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta terça-feira (28) o uso da vacina contra o HPV (papilomavírus humano) em meninas a partir dos nove anos de idade. Mulheres acima de 25 anos também terão acesso à imunização contra o vírus. A agência ressalta que somente a dose fabricada pela empresa Glaxo Smith Kline está autorizada.
De acordo com o Ministério da Saúde, a disponibilidade da vacina no SUS (Sistema Único de Saúde) ainda está em avaliação.
O HPV é um vírus sexualmente transmissível e o principal causador do câncer de colo do útero e, em menor medida, de garganta.
Segundo o Instituto Pasteur, centro francês de pesquisas sobre saúde, existem mais de 150 tipos de papilomavírus, dos quais cerca de 20 podem estar na origem “de anomalias celulares, lesões pré-cancerosas e cânceres”, principalmente do colo do útero.
Nos outros casos, trata-se de um vírus benigno que geralmente desaparece sozinho. Pode provocar verrugas (ou condilomas) nos órgãos genitais masculinos e femininos.
Para evitar este câncer, nos últimos anos, vacinas destinadas a meninas, de 10 a 25 anos, foram lançadas no mercado. A prevenção se baseia também na detecção das lesões pré-cancerosas através da realização regular do exame Papanicolau, que se tornou popular e causou uma redução da mortalidade vinculada ao câncer.
O oncologista Dr. Luiz Paulo Kowalski, diretor do núcleo de Cabeça e Pescoço do Hospital A.C. Camargo, também chama a atenção para a importância de a população masculina receber a vacina, já que o homem acaba infectando a mulher.