Ainda não é o melhor dos mundos, mas o aumento na premiação da Libertadores já agradou aos clubes participantes. Em especial ao Corinthians, que é o que mais havia reclamado e até tinha ameaçado não disputar o torneio caso os pagamentos não aumentassem.
“Melhorou, claro. Ainda não é o que queremos, mas pelo menos agora a gente não paga para jogar, são 450 mil dólares por jogo na primeira fase”, disse Andrés Sanchez, superintendente de futebol do clube alvinegro, pouco antes do sorteio da fase de grupos da Libertadores.
“E não é só uma questão de premiação. Você sabia que até o ano passado tínhamos que pagar os árbitros em dólar nos vestiários? Pois é! Agora não temos mais”, completou.
No sábado, ele havia falado grosso contra a premiação da competição. “Vamos para o Paraguai e se não aumentar a gente não disputa. Entendemos que é ridículo receber mais no Paulista, na Copa do Brasil e no Brasileiro do que na Libertadores”, disse.
Na segunda, a Conmebol anunciou o aumento na premiação da Libertadores. Agora, o campeão passará a ganhar US$ 7,3 milhões (ou US$ 7,7 milhões se vier da fase prévia). Quase 40% a mais do que se pagava até este ano (entre US$ 5,3 e 5,7 milhões ao dono do troféu). Um dos aumentos mais importantes foi o das partidas em casa na fase de grupo, que passaram de 300 para 450 mil dólares.
Nesta terça, o dirigente corintiano participou de uma reunião na sede da Conmebol, em Assunção, no Paraguai, junto aos outros cartolas brasileiros. O presidente do clube alvinegro, Roberto de Andrade, também esteve presente.
Andrés diz que o encontro foi produtivo, mas avisa que ele foi só o começo. A expectativa é de que as conversas para melhorias aumentem a partir de janeiro, quando a Conmebol terá um presidente eleito. “É difícil cobrar quando você não tem de quem cobrar”, disse.
A Conmebol está sem presidente desde que Juan Ángel Napout acabou preso acusado de corrupção nos escândalos da Fifa. Seus antecessores, Eugenio Figueredo e Nicolás Leoz também acabaram destituídos. O atual mandatário interino é o uruguaio Vilmar Valdez, que será candidato nas eleições em janeiro.
