Alzheimer e Parkinson: exames garantem diagnóstico precoce

Data:

Compartilhar:

Chances de tratamento efetivo são menores quando detecção é tardia

ARTIGO DE ESPECIALISTA – PUBLICADO EM 28/02/2015

foto especialista
Dr. Andre Felicio NEUROLOGISTA – CRM 109665/SP
ESPECIALISTA MINHA VIDA

Vivemos em uma sociedade que está envelhecendo cada vez mais e as pessoas buscam estratégias para prolongar a longevidade com qualidade de vida. 

Logo, sabemos que hoje é possível ter acesso, em nosso país, a exames que auxiliam no diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas.

Sabemos que a maioria das doenças neurodegerativas ocorre após os 65 anos. Nesta faixa etária, doenças como Alzheimer e Parkinson são bastante comuns, acometendo conjuntamente cerca de 1.500.000. Mas como fazer o diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson?

A doença de Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais comum. Normalmente, a queixa principal dos pacientes é com relação à memória, e a via tradicional de investigação se faz com um exame de imagem estrutural, preferencialmente, ressonância de crânio. Entretanto, hoje é possível fazer o diagnóstico de demência mais precocemente. 

Uma das possibilidades é a coleta de líquor com marcadores para demência de Alzheimer: proteína TAU e Beta-Amiloide. Estes marcadores em conjunto estão normalmente alterados na doença de Alzheimer. Além disso, a imagem funcional com estudo do metabolismo de glicose com Tomografia por Emissão de Pósitrons, do inglês, PET (Positrom Emission Tomography) também pode mostrar áreas de alteração do metabolismo cortical nos lobos temporais. Finalmente, a avaliação neuropsicológica é capaz de mapear, através de testes padronizados, todos os campos cognitivos relevantes e oferecer um relatório com as áreas de comprometimento significativo, por exemplo, memória, linguagem e atenção. Cabe ressaltar que tanto líquor com marcadores de demência como o PET com estudo do metabolismo de glicose e a própria avaliação neuropsicológica podem revelar anormalidades sugestivas de Alzheimer antes mesmo da ressonância magnética de crânio.

Logo, sabemos que hoje é possível ter acesso, em nosso país, a exames que auxiliam no diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas. Obviamente, cabe ressaltar que ainda existe um gargalo enorme em relação à universalização deste acesso, limitado atualmente a uma minoria de pessoas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas