Alegando coerência, Taques “proíbe” composição do PDT com PSD e PMDB

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O senador Pedro Taques, que comanda o PDT no Estado, vai baixar espécie de portaria acerca de regras para as eleições municipais do próximo ano, proibindo alianças com o PSD do deputado José Riva e com o PMDB do empresário João Dorileo Leal. Essa foi a estratégia encontrada pelo ex-procurador da República para sustentar o discurso da coerência. Ele tem dito aos filiados que ficaria muito ruim para o PDT fazer composição com siglas que têm dirigentes com perfis questionados. Nesse caso, o partido se vê impedido de ampliar as composições nos municípios. Para se ter ideia, PSD e PMDB, vetados por Taques, comandam hoje juntos 68 prefeituras, sendo 50 controladas pela nova legenda.

    Em verdade, Taques transferiu para a militância política embates que enfrentou no campo jurídico quando atuava como membro do Ministério Público Federal. Foi ele quem "desgraçou" a vida de Riva, quando, ainda no início do ano 2000, o denunciou por atos de improbidade administrativa e crimes relacionados ao caixa da Assembleia Legislativa. Também denunciou Dorileo, superintendente do Grupo Gazeta de Comunicação, por ligação com um suposto esquema de lavagem de dinheiro com a quadrilha de João Arcanjo Ribeiro. O processo é de 2002. O MPF sustenta que Dorileo recebera na época R$ 2,5 milhões de empresas de Arcanjo.

    Pedro Taques entende que a coerência partidária só será possível se mantiver distância tanto de Dorileo, que se filiou ao PMDB do governador Silval Barbosa com a intenção de ser candidato a prefeito da Capital, quanto de Riva, principal "estrela" da nova agremiação. Mesmo fundado há 31 anos por Leonel Brizola, o PDT é considerado nanico em Mato Grosso. Das 141 prefeituras, comanda somente duas, a de Alta Floresta, com Maria Izaura, e a de Santa Rita do Trivelato, sob Roberto Morandini. Tem um deputado estadual: Zeca Viana.

    Em Cuiabá, o partido não possui, por enquanto, pré-candidato a prefeito. Alguns mais eufóricos defendem até o nome do próprio Taques, mas o senador já assegurou que está fora do páreo e sua intenção é concorrer a governador em 2014. O desafio de Taques é conseguir montar chapas majoritárias e proporcionais com chances de êxito nas urnas em um partido que se mostra mais criterioso para escolher parceiros.

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