Movido pela vingança, o avô de Bate-Seba vai tramar contra Davi e fazer tudo para tirá-lo do trono.
Em entrevista exclusiva ao R7, o ator Paulo Figueiredo falou sobre a grande virada do personagem. Confira!
R7 – Quando começou a fazer o Aitofel, você já sabia da virada do personagem? Essa mudança te surpreendeu?
Paulo Figueiredo – Quando fui convidado para a minissérie, pesquisei sobre Aitofel e vi que não havia dúvidas sobre a personalidade e o papel dele. Não fui surpreendido; sabia que Aitofel, ferido de morte em seu orgulho, faria qualquer coisa pra se vingar.
R7 – É verdade que Aitofel fará muitas maldades para tirar Davi do trono? Você o considera um vilão?
Paulo – Aitofel, hábil estrategista, procurará algum meio sutil para atingir Davi da forma mais dolorosa possível. E vai envolver diretamente um dos filhos do rei numa conspiração, num ato traiçoeiro, terrível. Na minha opinião, ele não é um vilão nos moldes clássicos, mas sim um homem vingativo, incapaz de aceitar uma contrariedade, e, em sua própria visão, desejoso de punir Davi por uma derrocada moral.
R7 – Mesmo odiando Davi, Aitofel continuará como conselheiro ou vai se rebelar abertamente? Como fica a relação dele com a neta Bate-Seba?
Paulo – A partir de certa altura, a hostilidade de Aitofel cresce tanto que se torna visível. Mas, mesmo assim, ele continuará sendo conselheiro. E a relação dele com a neta será cada vez mais conflitante.
R7 – Haverá uma cena em que Aitofel grita sozinho, em um campo aberto, jurando que vai tirar Davi do trono. Esse é o momento mais marcante do personagem?
Paulo – O grito não é mais do que o anúncio do ato final, extremo, de Aitofel na história. Há, embutido nesse grito, um certo sentimento de impotência, pelo desejo ainda não realizado de ver Davi destruído. Mas há, também, a expectativa da realização do desejo.