O presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva, afirmou que a categoria não irá aceitar nenhum tipo de pressão que o Governo do Estado possa vir a fazer, na tentativa de esvaziar a greve.
Para investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil, a greve, que começou no dia 1º de julho, segue por tempo indeterminado.
"Nós somos policiais e não vamos aceitar nenhum tipo de pressão. A greve continua, até que haja um acordo que beneficie as duas categorias", afirmou o sindicalista.
Conforme Silva, na próxima semana, o Governo do Estado, por meio da Casa Civil, deve abrir uma nova rodada de negociações com os investigadores e escrivães.
Enquanto isso, a paralisação vem prejudicando inúmeros processos investigativos. Os únicos trabalhos mantidos em 100% são as prisões em flagrante, retirada de corpos de vias públicas e residências, bem como a transferência de presos.
Reivindicações
A principal reivindicação das categorias é por aumento salarial. Conforme o Sindicato, o salário de investigadores e escrivães é de R$ 2.365,00 e a proposta é que esse teto aumente para R$ 5.500,00.
Em cartaz distribuído para a população na semana passada, os grevistas relembram que as duas carreiras são de nível superior, desde 2004, e foram criadas e reconhecidas pelo Estado.
Portanto, afirmam, enquanto todas as outras carreiras do mesmo nível recebem em média R$ 3.500, investigadores e escrivães continuam com um salário inicial de R$ 2.365,55.
"O Governo insiste na incoerência de nos pagar um salário incompatível com as exigências para ingresso na carreira, nos afrontando com uma contra-proposta salarial, enviada no dia 18/07/2011", informou o panfleto.
Conforme os grevistas, a proposta prevê um aumento inicial, em dezembro deste ano, para R$ 2.460,17 e depois, gradativamente, até 2014, que poderia chegar, dependendo do nível, a R$ 8.293. Porém, a proposta foi descartada.