Ações contra o garimpo vão permanecer

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Yeda Magossi/GD


Durante entrevista coletiva, os representantes das instituições de segurança do Estado fizeram uma avaliação de como foi a operação de combate a exploração ilegal de garimpo na Serra da Borda, em Pontes e Lacerda (448 quilômetros a Oeste de Cuiabá). 

O grupo explicou que desde 2015 a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp- MT) monitora a área de ocupação no município e que o trabalho está sendo feito através do setor de inteligência das policias civil e militar.

Chico Ferreira

Nesta terça-feira (24), 120 policiais trabalharam na operação de combate ao garimpo

A região de extração de minério ilegal é considerada uma preocupação do estado e do governo federal, já que existe uma fiscalização ambiental por parte do Ibama e é uma área de fronteira. Desta forma, o governo federal também poderá atuar.

Quatro operações grandes de força policial, incursões foram realizadas na área e resultaram em diversas prisões, apreensões de arma de fogo e material ilícito e repreensão de homicídio.

O trabalho desta terça-feira (24) foi para reforçar as ações de segurança pública que estavam acontecendo anteriormente. O trabalho não vai parar, permaneceremos monitorando e acompanhando a ocupação.A atividade de inteligência continuará intervindo, diante desse problema tão grave que repercute nas esferas estaduais e federais.

O secretário adjunto de integração operacional, Marcos Cunha, informou que 120 policiais participaram da atividade. O objetivo era coibir crimes ambientais, porte ilegal de arma e exploração ilegal de garimpo, para isto foi feito todo um planejamento de como agir.

Foram presas duas pessoas por crimes ambientais e encaminhadas para a delegacia de Pontes e Lacerda. ‘Queremos garantir a segurança de todos os munícipes, este é o nosso maior objetivo’.

Cunha relatou que os policiais permanecerão atuando na região e não tem data para encerrar as atividades. A União também poderá participar deste processo, o secretário de segurança pública do estado, Rogers Jarbas, está definindo com o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sobre o apoio da força nacional.

O grupo informou que o Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público Estadual (MPE) já estão alinhados sobre qualquer necessidade que possa surgir durante o combate.

Sobre informações divulgadas em rede sociais e na imprensa de que pessoas que estariam ocupando a serra da borda estariam ligadas a organizações criminosas, foi dito que não se pode confirmar nada sobre essa situação. Mas que o setor de inteligência está monitorando essa questão também.

O secretário ressaltou que há dez dias estão fazendo barreiras para impedir ás ações criminosas, várias varrreduras estão sendo realizadas. ‘A característica da ação é de pro atividade, existe um setor de inteligência para definir qual a melhor maneira para atuar. Vamos manter o policiamento no local até quando for necessário para combater essa situação tão grave na região’.

Trabalhamos com cenário de risco, o número de garimpeiros diminuiu bastante, mas pode aumentar a qualquer momento e será feito o possível para evitar uma outra grande ocupação, destacou Cunha.

 

Chico Ferreira

Desde 2015, o setor de inteligência monitora a área

Operação

Iniciada às 5h da manhã, a operação contou com agentes das polícias Militar e Civil, Politec, Gefron, Força Tática Garra, Corpo de Bombeiros, Rotam, Ciopaer, e Grupo de Operações Especiais (GOE).
O tenente coronel Chaves informou que o foco seriam 80 pessoas que ainda estavam na área extraindo ouro.

Sobre o grau de periculosidade dos garimpeiros, Chaves informou que os mais violentos já haviam saído da área, provavelmente por falta de comida e água.

O cerco fechou três pontos que dão acesso ao local, porém, ao notarem a presença dos policiais, todos fugiram.

Diversos policiais se espalharam pela mata na tentativa de localizar algum garimpeiro, mas ninguém foi preso.

No pé da serra, dois homens foram detidos ao tentarem entrar na região em motocicleta. Com eles foram apreendidos materiais que seriam utilizados para a extração do mineral.

Ao entrar na Serra da Borda pode-se notar que as pessoas que estavam no local, saíram correndo deixando tudo para trás. Roupas, sapatos, alimentos, colchonetes, panelas estavam nitidamente sendo usados até alguns minutos antes.

Sobre a fuga em massa, as instituições de segurança do Estado alegaram que não ficaram surpreendidas porque a ação de desocupação da serra já vinha sendo realizada há alguns dias, através de barreiras policiais que evitam que mais pessoas subissem e prendia os que tentavam descer para comprar alimentação e água.

 

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